Review: Cities: Skylines (2015) e a arte de governar


Por muitos anos a referência mais forte dos games quando pensamos em um simulador de cidades, sem dúvidas, é o Sim City. É muito justificável, afinal, o simulador da EA é bom demais e inspirou outros games, sem muito sucesso. Contudo, um jogo vem se sobressaindo e conseguiu espaço e identidade. Afinal, o que torna Cities Skylines tão especial? Vamos falar sobre isso.

Gerenciando sua cidade do zero

Os games de gerenciamento existem aos montes e de diversos tipos e sendo provável que você conheça mais os esportivos como Championship Manager, Footaball Manager, e às vezes, novidades como o Tennis Manager. Ou seja, jogos de gerenciamento relacionados aos esportes são comuns de ganhar os holofotes e fazem os outros passarem a sensação de existir apenas um game do gênero.

Cities Skyline apostou em uma tentativa de colocar carisma e mais vida na sua empreitada de construir e gerenciar uma cidade. Ser um prefeito virtual não é tarefa simples, menos ainda quando você também planejará tudo da cidade. Mas é tudo mesmo, desde as ruas e suas direções aos bairros e suas funções.

Mas calma, respira! O jogo te ajuda passo a passo e ainda deixa você dar um passo maior que a perna para ter noção do quanto abusar, ou não, do orçamento público para melhorar sua cidade. E é incrível como o clima do jogo te incentiva a sempre tentar melhorar suas fundações iniciais para a cidade, afinal, se você começar a cidade com erro, no fim, ela se tornará um grande erro e desafiará sua magia administrativa.

Aqui é gestão


Ao iniciar o game iremos escolher alguns cenários entre os disponíveis, e vou te deixar uma dica de amigo: escolha o que tiver água, confia! Como citado anteriormente, tudo, mas tudo mesmo, será feito por nós. No início é apenas o terreno e a partir daí, começamos a colocar as ruas, criar fonte de energia e iluminar o pedaço inicial da cidade, criar a rede de esgoto pro saneamento básico...

Acredite, se você errar a mão nessa trinca inicial, simplesmente você acaba com a sua cidade antes dela existir. Mas como você vai segurar a mão e expandir aos poucos, certo? Vai entender a ideia de como funciona o básico, e assim, vai criar as três primeiras zonas: urbana, comercial e industrial.

Podemos criar outras zonas, contudo, essa é a trinca básica que você precisa dominar para conseguir fazer sua cidade crescer. E falando no crescimento, quanto mais sua cidade se expande, mais necessidades surgem para serem atendidas ou a população ficará revoltada.

A qualidade de vida é importante e logo que sua cidade comece a crescer um pouco e ganhe escola, segurança e saúde, você vai entender melhor o seu papel e assimilar melhor com detalhes da vida, que, podem ser levados, explorados, e melhorados na sua cidade.

Inevitavelmente você acabará tendo áreas mais simples e áreas mais ricas. Quer melhorar/combater essa desigualdade que você criou de forma (in)voluntária sem segurar a mão do orçamento? O sistema de imposto e serviços será sua diversão. Sim, podemos deixar áreas mais caras (e com mais recursos disponíveis para as famílias dali) e cobrar menos das áreas com menos serviços públicos por perto.

Você começa no "nossa, que bonitinho fazer minha cidade" e chega no "meu Deus, eu jurei não ser como o prefeito da minha cidade". Que abalo risos.

Prefeito do desastre


São nos detalhes e liberdade citados que Cities: Skyline brilha. Mas o jogo não é forte apenas no quesito de mexer no nosso emocional enquanto gestor público, o game possuí muitas opções legais de customização para as nossas cidades e sacadas muito bem pensadas.

Os desafios no jogo são interessantes e com um enorme fator replay, não atoa, é um dos games que está há mais tempo disponível no Game Pass para o Xbox e é totalmente compreensível o porquê.

Se você procura um gerenciador de cidades e não quer o game da EA, Cities Skyline está disponível para Xbox One, Xbox Series, PlayStation 4, PlayStation 5, Nintendo Switch e PC.

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