Fevereiro, o mês que durou três meses, terminou. Teve stress, mas também teve coisa boa feito o especial do Play, onde a gente fugiu do inglês de sempre. Uma das semanas me deu a ideia para o que a gente iria ouvir em março: Doro Pesch. Como esse mês tem o famoso Dia internacional da mulher, é a chance perfeita de falar da Rainha do metal, e uma das minhas pessoas favoritas. Na primeira semana a gente vai voltar lá em 1984 e buscar Burning the Witches.
Ela chegou quando tudo isso era mato
Hoje com 56 anos, a carreira da Doro começou cedo: 1984 foi o ano que a sua banda, o Warlock, lançou o primeiro álbum de estúdio, Burning the Witches. Misturando metal tradicional e baladas, a banda tornou-se um sucesso nos anos 80, mesmo com a cena dominada por bandas com vocal masculino. Ao todo o Warlock gravou quatro álbuns, o mais famoso sendo o último - Triumph and Agony.
Doro
A carreira solo da alemã veio em 1989 com o lançamento de Force Majeure, o que seria na verdade o quinto álbum do Warlock. No mesmo ano, um momento tenso: ela perdeu na justiça os direito de usar o nome do Warlock para o ex-manager. Para continuar a carreira, a cantora precisou lançar os álbuns solo sob o nome "Doro" até 2011, quando recuperou os direitos do nome.
Daí em diante viriam mais 12 álbuns, alguns que eu indico muito, outros que eu preciso relembrar. Não vou falar muito disso, senão vira spoiler das próximas semanas desse especial. O que eu posso dizer, é o óbvio: a Doro é incrível, com uma história sensacional. Apaixonante. Quem me apresentou ao trabalho da Metal Queen foi a minha melhor amiga do colégio, que me introduziu ao heavy metal, basicamente.
Adoro
Eu não tão era chegada em metal tradicional, como ainda não sou. Mas eu fiquei encantada com uma voz tão diferente, muito longe do que eu conhecia com Nightwish e Within Temptation. O quanto mais eu ouvia e conhecia da Doro, mas eu ficava fã e respeitava uma artista de grande talento, e uma inspiração enorme pra mim. Como pessoa e produtora de conteúdo, de arte.
E o nosso Play?
Hoje é normal ver uma mulher cantando metal. Uma mulher cantando metal porradeiro, com uma voz potente e diferente, bonita e carismática nos anos 80, é outro patamar do "wow". Agora imagine eu, que sou filha única de Família Tradicional Brasileira™, ouvindo tudo Burning the Witches em meados dos anos 2000.
A música tem o puch que você ouviria de bandas como Accept, W.A.S.P., U.D.O., Saxon. Ela é simples, direta e bem executada: não tem firula, não tem erros... Exceto um: a música acaba. Nessa fase a Doro ainda tinha um som mais heavy metal, sendo que futuramente entrariam elementos hard rock. O nosso Play é, entretanto, um ótimo ponto de partida para você começar a curtir o som da Rainha do metal e se aventurar por tudo que ela já gravou até hoje.
Vamos lá:
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