Livro nacional aprova América Latina pacífica enquanto Chile se liberta da ditadura


Protestos marcaram um ano de manifestações no Chile. Apesar de ser considerado um país com estabilidade econômica, esse fator não reflete diretamente a aprovação da maioria dos cidadãos. Tendo o maior IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) da América Latina, o Chile passou por grandes ondas neoliberais nas últimas décadas ー que, por influência da Escola de Chicago, acabou privatizando diversos serviços públicos.

Ao mesmo tempo, o livro do autor nacional, Luís Cláudio S. Pereira, “América Latina 2051”, narra uma ficção de gênero solarpunk que apresenta um futuro unido, desenvolvido e criativo para os latino-americanos, com acesso a tecnologia de alta escala e igualdade social. A filosofia presente no título é otimista para um futuro relativamente próximo, prezando Arte e Cultura, tecnologia e economia.

Com 5,8 milhões de votos, o que representa 78,2% do total, os chilenos aprovaram no plebiscito do último domingo (25), por criar uma nova Constituição. Com isso, o Chile deixará a velha Constituição de 1980, criada na ditadura de Augusto Pinochet, que apesar de alterada na última década, retirando o teor militar, ainda é taxada como autoritária. Em 2021, serão eleitos 155 constituintes ー 50% homens e 50% mulheres ー que deverão escrever a nova Carta Magna. Esta será a primeira vez que uma Constituição será escrita de forma equânime, sendo os novos constituintes serão eleitos pelo atual código eleitoral do país.

Até o dia 06 de novembro, o projeto do livro “América Latina 2051” estará em campanha pelo Catarse. O título de Luís Cláudio S. Pereira tem prefácio escrito por Ana Carla Fonseca, vencedora do prêmio Jabuti em Economia, e narra a história de dois protagonistas, uma afrodescendente e um indígena, que foram adotados por famílias europeias após os pais biológicos serem assassinados. Um acidente cruza o destino de Aisha e Kauê, então começam a investigar os possíveis responsáveis pelo homicídio de suas famílias em uma surpreendente jornada pela América Latina positiva.


Sinopse:

América Latina 2051, foi classificada por uma experiente editora como uma ficção científica conhecida como solarpunk, por mostrar uma visão do futuro possível e positiva, agradável e desejável.

Aisha, uma afrodescendente, professora universitária de história latino-americana e Kauê, um indígena nascido na Amazônia, especialista em inteligência de dados, foram vítimas de massacres ocorridos na infância e foram adotadas por mães e pais europeus.

Um acidente trinta anos depois, cruza o destino de Aisha e Kauê e tem início a uma descoberta que os levará por uma complexa e perigosa trama pela América Latina futurista que envolve uma multinacional de minérios norte-americana, uma ONG europeia de adoção de crianças, madeireiros, garimpeiros, grileiros, fazendeiros, promotores, juízes e representantes do Serviço de Inteligência Legal Latino-americano.

A população latino-americana é empoderada, solidária, diversa, tolerante, inclusiva, talentosa, criativa e inovadora. Uma região com os países latino-americanos unidos pós-pandemia, desenvolvidos e pacíficos, que trabalha de forma cocriativa, cooperada e compartilhada resultando em uma sociedade sólida e com excelente bem-estar social.

Existe uma moeda única (latam), distribuição de renda, índices de desempregos baixíssimos, um dos melhores IDHs do mundo, sistema de saúde único e integrado, educação de alta qualidade, transporte rápido, moderno e com energia limpa, moradia e sistema previdenciário digno, fruto do diálogo entre o capitalismo e o socialismo, sociedade, poder público e iniciativa privada.

É neste cenário futurista que Aisha e Kauê buscam suas raízes, revelando durante a jornada um manifesto de amor a América Latina.


Sobre o autor:

Sou comunicador social latino-americano, idealizador do projeto de comunicação AL+ e luto por uma América Latina unida, criativa e desenvolvida.

Em 2005 ganhei uma bolsa de estudo da Fundación Carolina para fazer o curso de Comunicação Corporativa, Publicitária e Política na Universidad Complutense de Madrid e tive uma grande experiência entre profissionais (jornalistas, publicitários e relações públicas) da América Latina e professores e alunos da Espanha.

Nesta troca de conhecimentos, resultou em um laboratório latino-americano onde idealizei e organizei por iniciativa própria junto com alguns colegas do curso, a Rede Ibero-americana de Comunicadores - RICOM que promoveu entre 2005 e 2011, um intercâmbio acadêmico, profissional e cultural na Argentina, Brasil, Colômbia, Guatemala e México para valorização e promoção da cultura latino-americana com a participação de profissionais e acadêmicos da América Latina.

Diante dessa rica experiência, o meu coração bateu forte! Decidi em 2020 que concentraria os meus esforços na transformação da América Latina e no empoderamento dxs latino-americanxs.

Instagram: @luisclaudiosp @americalatina2051

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