Um som pra gente curtir: Sting - I Can't Stop Thinking About You
Eu tinha uma pequena lista de assuntos pra falar na retrô dessa semana, mas como novamente ela atrasou, embora dessa vez por um motivo justo e positivo, nós estamos na semana da Guerra Infinita, e há alguns dias atrás aconteceu uma coisa que me deixou pensando, porque não falar sobre um dos maiores problemas da internet? As críticas de filmes.
O que eu penso sobre esse tema tem duas respostas: A eterna e a resumida. Obviamente vamos com a resumida, dividida em pontos pra você não se perder na infinidade (heh) de coisas que eu falo. Vamos lá.
Cada cabeça, uma sentença (Ou deveria ser assim)
Começando pelo causo em questão: Tem um site interessante que eu de vez em quando leio - o Film School Rejects. É bem verdade que o nome é tendencioso, mas costumam sair textos até bons por lá, como a sugestão de ir ao cinema sozinho, o que eu faço desde quando assisti Saint Seiya: A Lenda do Santuário com uma prima e um amigo dela, e o infeliz não parava de reclamar após o filme.
O FSR virou um raro caso de site que fala sobre cinema e eu tenho curiosidade sincera de parar para ler o que está sendo dito, porque tirando a parte de notícias, eu geralmente abomino todas as críticas de filmes de todos os sites, tirando poucos casos. Motivo? Porque cada cabeça é uma sentença... Ou pelo menos deveria ser assim. Mas você bem sabe que não é.
A crítica que eu li foi do filme Disobedience, um dos que está no meu radar de coisas pra assistir fora do Cinema Nerd™, pois eu adoro variar, não sobrevivo só de explosões e vendo gente em roupa de couro apertado. (Embora em alguns casos, longe de mim reclamar) Mas aí eu fui lendo, lendo e lendo o texto e lembrei porque eu odeio críticas, sabe? Ainda mais quando você joga uma comparação com outro filme no meio.
Primeiro o Benedict Cumberbatch, agora a Rache Weisz...
Rachel McAdams tá voando mais que Pedrinho da Balsa (ha!)
Comparar coisas A e B é quase inevitável, mas dependendo de como você faz isso, perde 100% da credibilidade comigo. A comparação é um recurso muito fácil de você usar e focar no que o filme poderia ter sido, e não no que o filme realmente foi.
A moça comparou Disobedience com Carol, que é um filme excelente, mas o contexto é totalmente diferente, então acaba sendo injusto com ambas as produções você dizer que "uma tentou ser a outra, mas de forma mal sucedida."
Cate Blanchett. É tudo que você precisa entender.
Na teoria toda crítica de filme deveria ser diferente, afinal, nenhum ser humano é igual. Não tem porque repetir feito papagaio as mesmas ideias, apontar os mesmos defeitos, os mesmos argumentos.. Só se você for a Satty ou a IGN, mas aí é outra história. Em teoria, cada pessoa se relaciona com um filme de maneira diferente.
Falta honestidade, obviamente
As pessoas ficaram com preguiça de elaborar uma opinião decente sobre os assuntos, feito o Otávio do canal Super Oito. Ele sim é alguém que mesmo discordando, eu sou capaz de entender e aceitar as críticas, pois ele é sincero. Não é desonesto como um bilhão de sites e canais por aí.
O primeiro vídeo que eu vi, e o melhor do canal. Fight me. #pas
O que a galera acaba preferindo? Foi como eu falei - Repetir as ideias de outros reviews porque se tá todo mundo falando é porque é verdade, mesmo que a verdade seja a maior mer** do mundo. Pra posar de crítico da Imprensa Especializada (pff) a gente faz de tudo, né? Imagina então pra não perder o patrocínio de um determinado estúdio que aconteceu de não emplacar aquele filme...
(Um tal de Gemada com Batman vs Superman que o diga)
Como nasce o choque entre ser sincero x precisar garantir o status do site, muitos optam por enganar o leitor, e tem muita gente que aceita sem reclamar. Já vai no automático ou até compartilha dos mesmos pontos de vista bestas, aí só resta dar as mãos e pular da ponte do bom senso.
Pode reparar: Quando é um filme odiado sem motivo, todo mundo odiou. Ninguém tem algo a dizer que saia do óbvio, porque as pessoas vão criticar. Ghost in the Shell é um ótimo exemplo. O filme pode ter evitado a profundidade filosófica do anime (o que pra mim não foi problema), mas passou longe de ser o novo Dragonball Evolution.
Se, bobear nem o time de produção desse filme gosta dele
Ou quando todo mundo amou, tenta você apontar algo que te deixou meio heh? Capitão América: Guerra Civil foi o meu caso. O filme não me deixou com o whoah de quando eu assisti O Soldado Invernal, mas ainda assim ele é bem bom.
Mas o que eu realmente gosto em Guerra Civil? As coisas que eu não gostei no filme, eu entendo o motivo e isso é sensacional. Mais do que dizer "não gostei e ponto," os Russo me fizeram entender o que aconteceu ali e aqui, então eu sempre penso "ah! então é por isso que eu não curti tanto." É um caso ainda mais raro, e acaba que no fim do dia você gosta de não gostar do filme. (haha)
Vamos parar com o excesso de jornalismo
Saudades de quando eu lia uma crítica no Screen Rant, antes do site virar uma filial de clickbait. O SR sempre apontava detalhes e argumentos muito bons, que a maioria dos sites ignoravam, e foi isso que me incentivou a escrever textos mais "fora da caixinha."
Eu entendo as vantagens do jornalismo. Tem horas que realmente, não dá pra você se intrometer entre a notícia e o leitor, ele precisa ler a informação e decidir o que acha, fora que você nem sempre sabe dar um pitaco sobre tudo. Mas carregar esse excesso de jornalismo pra textos opinativos... Não dá.
Sério... Não tá rolando mais.
Uma crítica de filme pode ser o que foi, mas nada me irrita mais quando ela é pretensiosa e o autor fala como se fosse a verdade absoluta. É a sua verdade, não necessariamente a minha. Pode ser, pode não ser.
É tipo a versão do jornalismo em dizer que existe imparcialidade, um dos mitos modernos junto com Half Life 3, o filme da Viúva Negra (agora parece que vai, né?), Streets of Rage 4, ou que a Nintendo um dia vai parar de dar strike em fan games.
Bem gostaria eu que os críticos de cinema fossem honestos e focassem nas próprias experiências com os filmes, deixando claro que baseado nisso houveram pontos A e B bons, C e D ruins, e parassem de dar notas com pontuações.
Uma coisa triste: Críticas que dão notas
Não tem nada que me deixe mais triste do que a crítica de qualquer coisa ser encerrada com uma nota. Notas são números (geralmente), é uma forma exata de medir um trabalho humano, que não é exato, porque as pessoas levam isso muito à sério e perdem boas chances de curtir certos filmes.
Dois exemplos: Os novos filmes da Múmia e dos Power Rangers.
Eu assisti os dois fora do cinema, tempos depois de ver todo mundo meter bronca nas críticas. Mas eu gostei dos dois! São dois enlatados decentes e que divertem, Power Rangers tem até uma camada de drama que eu não esperava, mas gostei muito.
Entretanto, A Múmia tem tomatometer de 15%, e Power Rangers tem tomatometer de 44%. Pensa se eu me importasse com notas e scores, como que seria?
Claro, existem casos onde eles até são bons como Um Lugar Silencioso, com tomatometer de 95%. É um filme pequeno, então todo bom feedback precisa ser comemorado, mesmo se vier dos lugares mais tendenciosos.
Então é isso. Vamos clicar e ver como foi a semana! E se quiser ler todas as groselhas da Pessoa que Vos Fala™ sem ser no site, chegue lá no Twitter @tia_hizaki.
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