Anime Friends 2022 no Rio de Janeiro, a editora no Anime Friends, e o coração só alegria


Nos dias 16 e 17 de julho o Rio de Janeiro recebeu a segunda edição do Anime Friends. Na prática foi a primeira, afinal, mundo pós-pandemia e uma espera de três anos desde o AF anterior em 2019. Poder retomar a rotina de eventos mais ou menos normal tem sido uma grande alegria. Ainda mais se eu disser que esse foi o meu primeiro Anime Friends. E a primeira vez que nós cobrimos as duas pontas do evento - veja como foi a edição de São Paulo.

Sim!

O Pikachu que representa a principal faixa etária do público no Anime Friends, ha

O local escolhido foi o Expo MAG na Cidade nova, o que foi bom, ruim e compreensível. Foi bom, pois um evento desses precisa acontecer num lugar assim. Foi ruim, pois é o mal do RJ: ou falta lugar pra essas coisas acontecerem, ou esses lugares são longe/contramão. E foi compreensível porque dada a estrutura do Expo MAG, o Anime Friends apresentou um bom conteúdo, até.

Apesar disso não foi tristeza

Tristeza foi poder não comprar mais da metade das lojinhas haha #F

O Anime Friends carioca foi mais enxuto em relação ao de São Paulo por duas razões: um dia a menos e a ausência de grandes estandes e as grandes editoras. Ainda assim, foi baita divertido. O público otaku/nerd carioca é extremamente carente dessas iniciativas, e se uma dessas vier justamente do AF... É uma pequena grande vitória.

Eu não conhecia o Expo MAG de ter ido lá. Meu pai deu várias orientações do que fazer e não fazer, afinal de contas... É o Rio de Janeiro. Foi rápido de pegar a credencial, e bateu a nostalgia de quando eu fiz o mesmo no Anime Family 2016 - a primeira tentativa de fazer algo do tipo. Esse evento foi ainda mais contido, mas também divertido.

Cheguei e fiquei justamente onde eu não esperava

Na hora da abertura em português de Pokémon eu também me acabei de cantar, weee

O meu primeiro instinto foi rodar para conhecer o local, mas logo de cara acabei parando onde eu não esperava: o show. Quando eu cheguei quem estava no palco era a banda Anime Project, e nada contra. Foi a ideia de parar pra ver um show no Anime Friends que não me animou muito, sei lá porque. Um sentimento meio been there, done that.

A banda é talentosa e carismática, e pelo menos do ponto que eu peguei o show (que não foi do começo) eles apostaram numa mistura de modinhas e músicas pra puxar a geração Manchete pelo pé. Mesmo eu não sendo mais tão fã de Dragon Ball, não tem como: se toca Sorriso Resplandecente, a abertura do GT, eu me acabo de cantar.

Meu coração jojofag foi pego de surpresa com Stand Proud, a terceira abertura de Jojo's Bizarre Adventure. E o final com Pegasus Fantasy foi lindo. O Anime Project cantou a música em português e japonês, mas eu me empolguei tanto que esqueci de gravar a parte em português. Vergonha da pofissión, risos.

Não acredito que o Japão inventou o carisma

O carisma dos japoneses, ele hits different

Minha missão no Anime Friends era ver a palestra do Hiroshi Watari, o Sharivan original, e o Takumi Tsutsui, o eterno Jiraya. Quase perco o início porque uns problemas de voo (acho que do Briggs) adiantaram os dois em uma hora, oof. Ficar pra ver as lendas valeu e superou toda expectativa: não acredito que o Japão inventou o carisma.

Hiroshi e o Takumi são uma montanha de simpatia. Eles estavam sempre acenando para o público, mandando tchau, dizendo obrigado, e respondendo as perguntas com muito carinho. Um dos melhores momentos foi o Hiroshi filmando a galera enquanto o Takumi respondia uma das perguntas.

Ver os atores fazendo as poses de transformação dos seus personagens, não teve como pro coração. Foi de uma alegria imensa, pra deixar o coração quentinho.

O craque da rodada: Ricardo Cruz

Ricardo Cruz já é um japonês moral de tanto que convive com esse pessoal incrível

Bacana demais ver o Ricardo Cruz, o paladino dos Tokusatsus no Brasil pela segunda fez - a primeira foi no Anime Family. Me pegou no susto, embora fosse lógico que o Ricardo era o único apresentador possível, oops. O Ricardo sabe muito do tema, se diverte demais, e você se diverte em ver ele passando essa alegria.

Guilherme Briggs é o verdadeiro homem sancto

Pessoas como o Briggs fazem a gente acreditar que tem jeito nessa vida

Depois que ter pernas virou apenas um conceito, eu morri num cantinho perto do palco enquanto rolava o show do duo Nordex. Me pegou no riso ouvir a abertura de Beyblade. A idade bateu como nunca.

Pelo cansaço eu quase pulei a palestra do Gulherme Briggs, mas sem pernas pra andar, acabei ficando. Lotou de gente atrás de mim, mesmo eu estando no meio da muvuca, e ficou naquela: se eu sair, não consigo voltar. E foi ótimo isso, porque foi lindo.

O Briggs tem uma calma e uma simplicidade que pro que ele representa, é fantástico. O pessoal fazendo as perguntas e chorando, numa dessas eu fui junto na choradeira. Uma lenda da dublagem que se esforça pra manter o pé no chão, foco no trabalho e o público junto dele. É por isso que o cara é fod*.

Bem legal as dicas pros dubladores iniciantes no público, contando histórias como a da famosa dublagem do Príncipe do Egito. O ponto chave do dia pra mim foi, entretanto, ver o Briggs falando de porque ele ainda continua na internet.

Ele admitiu que já tentou sair da www muitas vezes, mas continua por causa da galera que vê nele uma inspiração, o cara que marcou a infância. Então por isso ele continua. O Briggs é o verdadeiro homem sancto.

E aí?

Za warudo me leva de volta pro domingo :')

Obrigada a Maru Division por lembrar do RJ em mais um ano de Anime Friends. Eu só tive chance de ir no domingo, mas me diverti bem. Primeiro Anime Friends, saí chorando - sem meme. Ser esquisita por um dia e tá tudo bem com isso. Ver os cosplays loucos, uma variedade de atrações até que boa. Só tenho um sentimento:

Nos vemos em 2023, Anime Friends? Você tem uma missão.

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