Brasileira é destaque mundial em Age of Empires


Sabe quando você é tão bom em algo que isso vira seu nick? A Gabi AOE sabe. A idade não é proporcional à experiência porque a Gabi começou muito cedo no Age of Empires (AOE). Aos dez anos, com a internet ainda sendo coisa rara em casa e tendo que dividir o único computador com o irmão, seu passatempo era vê-lo jogar e aprender as estratégias.

Como um jogo de RTS (Real-time Strategy), o Age of Empires tem o objetivo de utilizar os recursos disponíveis da melhor forma possível para criar bases e estruturas capazes de vencer o oponente. AOE é um jogo estratégico, e para atingir o topo, são dedicadas horas diárias de muito estudo.

“Infelizmente, também no mundo dos jogos, quando uma mulher passa uma informação errada ela é três vezes mais criticada que um homem, então eu procuro fazer muito bem o meu trabalho.”

Gabi observa que, como em quase todos os jogos competitivos, as meninas são minoria. Alguns anos atrás, eram apenas 5 meninas no mundo inteiro jogando AOE e hoje são em torno de 70. Das 22 mil contas cadastradas no jogo, somente 70 são mulheres.

“Somos poucas mulheres no cenário competitivo dos games, por uma questão cultural (...) isso gera um desequilíbrio entre o nível das únicas mulheres que jogam para o nível de vários proplayers do sexo masculino. Um bom exemplo disso é que o topo do rank do AOE é composto por mais de 100 homens com pontuação acima de 2200 e eu sou a única mulher do mundo que conseguiu passar de 2100 de pontuação.”

Para gostar de jogar não precisa ter espírito competitivo, mas sim curioso para perseguir as diversas habilidades, porém, para se tornar um Top player, daí sim, é fundamental ser competitivo, porque isso faz com que o gamer esteja à frente, sempre atualizado e se aprimorando. Para Gabi, no caso das mulheres, a característica principal que favorece o jogo todas nós já temos, que é a habilidade de fazer várias coisas ao mesmo tempo, e a rapidez para resolver problemas.


Desafios

Quando “tudo começou”, Gabi se sentia mal por não ver um espaço nesse universo dos gamers, até então dominados pelos homens. Sempre com muitas “piadas” e comentários do tipo: ''você até que joga bem para uma mulher'', porém, tudo isso a deu ainda mais força para mostrar que as mulheres são capazes de competir de igual para igual com os homens e, no final, o reconhecimento pelo esforço sempre vem, como no seu caso.

Apesar de nunca ter pensado em gravar vídeos para o YouTube, Gabi foi a única fonte de informações em português sobre gameplays do jogo, atraindo muitas pessoas novas também para o seu canal da Twitch, onde já fazia lives todas as noites como forma de aprender e compartilhar mais. Com isso se tornou uma referência para novos players.

Como a vida é um grande jogo de estratégia, Gabi homenageia neste 8 de março a mulher que ensinou as melhores maneiras de vencer, não abaixar a cabeça com alguma derrota, apoiando sempre e ajudando na sua trajetória profissional: sua mãe.

Participante do projeto Clan Warrior, a gamer define a iniciativa como excelente por dar suporte para os players/streamers que estão iniciando ou que já tem uma trajetória, mas ainda não são reconhecidos como merecem.

“Eu sou uma mulher feliz de fazer parte desse time que se preocupa de verdade em ajudar e oferecer a melhor experiência para todos do Clan.”

Sobre a vida de gamer, fica a dica para as mulheres que querem encarar o desafio:

“O jogo me trouxe liberdade e flexibilidade de horários para trabalhar, a habilidade de estar sempre me superando e, uma das melhores coisas foi ter conhecido amigos que vou levar para toda vida.”

Para fazer parte do Clan Warrior, o único requisito é ser apaixonado por games e eSports. A marca quer encontrar os novos talentos em todos os lugares do Brasil, apoiando a diversidade e singularidade do universo gamer.

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