No dia 21 de janeiro o mundo sorriu outra vez, pois o Battle Beast lançou o novo álbum Circus of Doom. Para quem já conhece a banda, sabe que os finlandeses não brincam na hora de fazer um bom hard rock e heavy metal. Se você chegou agora, é o seu dia de sorte! Eu vou te apresentar uma das melhores bandas da atualidade, cujo novo álbum é um ótimo cartão de visitas.
A primeira impressão
Sem dificuldade o Battle Beast acertou outra grande combinação de metal com pop e rock. Se a banda não fosse da Finlândia, talvez você encararia essa mistura meio na desconfiança. Como não é o caso, você dá o voto de confiança. E eles não desperdiçam. O resultado é um álbum é muito empolgante, com uma aura bastante anos 80.
Uma constelação de estrelas talentosas
Isso se deve em grande parte ao Janne Björkroth. O tecladista faz jus a conterrâneos como Henrik Klingenberg (Sonata Arctica) e Jens Johansson (Stratovarius) na hora ser virtuoso. E ao mesmo tempo ele injeta o som de arena, que você ouviria um estádio lotado cantando. Madonna, A-ha e Survivor são alguns nomes que me vem em mente falando disso.
Mas apesar de ser competente, ele não brilha sozinho. Toda banda é muito boa, e cada um desempenha a sua função satisfatoriamente. Os guitarristas Juuso Soino e Joona Björkroth entram com riffs objetivos e muito bem executados. Eles são empolgantes.
O baixista Eero Sipilä dá o toque de groove que deixa as músicas redondinhas e mais completas. O baterista Pyry Vikki tem uma performance que convida você para dançar do começo ao fim do álbum. Sem brincadeira.
É uma grande festa
Os back vocais desse álbum são incríveis, como sucessores espirituais de bandas feito Queen e Blind Guardian. Em seu review, o Louder definiu a música The Road to Avalon como se a Bonnie Tyler tivesse virado a vocalista do DragonForce. É uma forma maravilhosa de explicar essa música, uma Holding Out For a Hero moral. E também vale para o álbum como um todo.
Circus of Doom não é power metal puro e simples, o que já seria muito bom. Durante os quase 42 minutos o Battle Beast passeia pelos clichês do power e hard rock com muita confiança. São 10 músicas com momentos e sonoridades até bem Broadway-escos, que fazem jus à premissa de o circo chegou na sua cidade.
Dá vontade de cantar, dançar, bater cabeça e ser feliz. A alegria que o mundo precisa nos dias atuais.
Não esqueci da grande estrela
No especial da Pentakill eu registrei todo meu amor pela vocalista Noora Louhimo. A Finlândia já nos deu vozes incríveis, mas a Noora é a melhor coisa que aconteceu desde a Tarja Turunen. Ela joga a adrenalina do ouvinte no alto com agudos impressivos, momentos soft inesperados, mas muito bem-vindos. Tudo isso com um timbre que torna a Noora uma filha perdida do Rob Halford.
Vale a pena ouvir Circus of Doom?
Demais. Era um dos álbuns de 2022 que eu mais queria ouvir, e a espera valeu 100% a pena. Circus of Doom segue na pegada de No More Hollywood Endings, sem se afastar do power metal, mas girando um pouco por outras misturas musicais. Elas fazem até lembrar outros grandes nomes do power metal sinfônico como Nightwish, Turisas, HammerFall, etc.
Resumindo: o que para outros países seria um grande dia, para Finlândia é apenas mais um dia de uma banda que fez um álbum muito bom, risos. Recomendo.
Solte o play no álbum completo
Faixas favoritas: Circus of Doom, Eye of the Storm, Russian Roulette
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