Rodrigo Russano Dias fala sobre o crescimento e futuro da NimoTV no Brasil


Segundo relatório divulgado pelo Streamlabs, a audiência do streaming de jogos subiu 78.44% de 2019 para 2020. Mais exatamente, o salto foi de 15.63 bilhões para 27.89 bilhões de horas assistidas. Com a Covid-19 fazendo o mundo parar, assistir -ou fazer- horas de lives virou o novo jeito de reunir os amigos, ou de fazer novos amigos.

Embora a Twitch o nome mais lembrado, a plataforma da Amazon tem visto mudanças. Umas agradaram, outras nem tanto. Aproveitando o vácuo e acelerando forte para se promover, entra a Nimo TV. A plataforma estreou no Brasil em 2018, e nos tempos de pandemia tem apostado em comunicação direta e com um toque de bom humor para conquistar público e streamers.

A seguir, você confere o nosso bate papo com o Head de PR e Social Media da Nimo TV no Brasil, Rodrigo Russano Dias, sobre os desafios e progressos da plataforma.



1. Em 2021 tivemos um movimento maior dos streamers mudando de plataformas, outros iniciando a jornada, e em geral, todos expandindo os horizontes para além das opções padrão de "casa". Como tem sido receber e manter novos criadores de conteúdo e público?

A Nimo TV tem como um de seus trunfos criar estratégias bem desenhadas de conteúdo para cada streamer. Muito mais do que apenas somar números, sempre buscamos entender as forças de cada um e como usá-las da melhor maneira possível, criando projetos a quatro mãos. Além disso, estamos sempre desenvolvendo eventos especiais e inovadores para manter a audiência interessada o tempo todo.

2. A Nimo TV fez seu nome graças aos jogos mobile como Free Fire, Mobile Legends e PUBG Mobile. O foco nos jogos para celular foi parte de um projeto, ou uma consequência natural do desenvolvimento da plataforma?

O DNA da Nimo TV é mobile desde sua concepção, trazendo recursos que facilitam a transmissão online diretamente do celular, sem a necessidade de se adquirir aparelhos extras. Acessibilidade é a palavra-chave. Além disso, a plataforma mobile é de longe a principal dos brasileiros, o que combina perfeitamente com nossa proposta.

3. E como tem sido o trabalho de expansão das categorias da Nimo TV? (Por exemplo, para jogos além do celular). Qual tem sido o impacto da categoria de lifestyle na plataforma?

Nossa consolidação no mercado em 2020 permitiu ampliarmos nossos horizontes em games e passamos a focar também em PC e consoles -- vocês ainda vão ver muitas novidades em 2022! A categoria lifestyle segue forte e obteve crescimento recorde em 2021. Seguiremos buscando novos talentos.

4. Neste ano a Nimo TV investiu numa comunicação mais didática, fosse apresentando streamers conhecidos que continuam na casa, quem já não está mais, e detalhes de como um streamer pode começar a monetizar o seu conteúdo. Qual foi o principal motivador para essa comunicação mais clara? Afinal, não é incomum vermos streamers sendo pegos em "pegadinhas" em termos de serviço mal explicados.

A equipe da Nimo TV no Brasil é formada por profissionais com muita experiência de mercado e isso ajudou e muito a direcionar a comunicação para que algo fique muito claro: não somos "mais uma plataforma". Trabalhamos com muita transparência. Graças a estes esforços, nos tornamos a segunda plataforma de streaming de jogos mais baixada no país.

5. Com a pandemia, o streaming virou o novo ponto de encontro das pessoas. Mas se por um lado existem usuários e criadores de conteúdo que chegam para agregar, nem todos são bem-intencionados. Como a plataforma tem trabalhado para reprimir usuários, e até mesmo streamers com comportamento tóxico?

Este tipo de comportamento não é tolerado na Nimo TV e agimos rápido para que criadores e/ou usuários sejam punidos e educados ou, na pior das hipóteses, removidos. Construímos um ambiente diverso, com inclusão e respeito desde nosso primeiro dia e isto jamais será ignorado. Não há espaço para intolerância.

6. Ainda dentro do tema da pergunta anterior, como a plataforma tem trabalhado para tornar a Nimo TV um lugar seguro para streamers/público feminino e da comunidade LGBTQIA+? Afinal, mesmo em 2021 a hostilidade na internet ainda é um problema.

Além do que comentei na resposta acima, acreditamos que educação é o mais importante. Por isso, temos iniciativas como o media training que realizamos junto com à Sing, nossa assessoria, onde damos uma “aula” para streamers sobre uma série de coisas, incluindo comportamento. Quando o exemplo parte do influenciador, fica tudo mais fácil.

7. A Nimo TV tem uma aba dedicada aos esports. O que é possível dizer sobre os esforços de trazer novidades competitivas para a plataforma? Seja na forma de pro players, orgs, torneios famosos (mundial de Arena of Valor, de Mobile Legends) ou mesmo de iniciativas nacionais.

A Nimo TV trabalha forte com esports desde 2020 (foram mais de 200 eventos entre profissionais e amadores) e neste ano fechamos grandes parcerias, incluindo a transmissão de todos os eventos oficiais da Riot, com destaque para a exclusividade no início da fase competitiva de Wild Rift (Nimo On Fire e Wild Tour Season Start), MPL Brasil de Mobile Legends e PMPL Brasil de PUBG Mobile. Além disso, seguimos trabalhando para desenvolver ainda mais esse ecossistema, e a chegada de pro players, como Tinowns, um dos melhores e mais populares jogadores de League of Legends do Brasil, reforça este compromisso.

8. Por fim, com um fluxo maior de usuários, é normal também aumentar o feedback. Elogios, críticas sobre o que está deixando a desejar, expectativas do que pode tornar a Nimo TV numa plataforma ainda melhor. De que forma a equipe tem encarado esse feedback, e aplicado? (Em especial na versão de PC). Aqui também existe alguma novidade para o futuro próximo?

A equipe da Nimo TV trabalha muito próxima dos streamers. Lançamos várias novas funções neste ano como o Air Raid (o famoso "gank") graças aos feedbacks que são acompanhados diariamente. Temos muitas novidades guardadas para o próximo ano e seguiremos desenvolvendo a experiência do produto cada vez mais, seja no mobile ou desktop.

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