Review: Arcane tem conflitos sociais e muita emoção no Ato I


Depois de um hype imenso, Arcane estreou no dia 6 de novembro. Anunciada em 2019 durante a comemoração dos 10 anos de League of Legends, a série animada veio para expandir o universo do game ainda mais. Dividida em três Atos, o primeiro apresentou Piltover e Subferia, mostrou rostos conhecidos, introduziu gente nova, e problemas até bem reais.


Uma carta de amor para quem joga LoL

Arcane vai ter um impacto enorme com os jogadores do LoL. É uma sensação gostosa ver que tornaram reais histórias, pessoas e locais antes disponíveis apenas numa página de biografia de campeão, ou uma Wiki. Agora você não precisa imaginar, pode assistir também.

E quem não sabe muito (ou nada) do Lolzinho?

Vai adorar do mesmo jeito.

Pegue o meu exemplo: eu não jogo LoL, mas conheço o jogo, e um pouco do lore. Antes de Arcane estrear eu já estava pesquisando sobre o universo da série, depois de assistir os episódios eu estou relendo sobre. Eu adoro essas coisas, e sei que a curiosidade de muito fã casual também vai clicar igual a minha.

(De campeões apareceram Vi, Jinx, Ekko, Jayce, Viktor, Caitlyn Heimerdinger. De regiões, Piltover e Subferia, que futuramente deve se tornar Zaun)

Se você nunca jogou LoL e nem conhece o jogo, Arcane ainda é imperdível. Primeiro, pela curiosidade de assistir o "anime do LoL". Segundo, você consegue entender a série mesmo sem o conhecimento prévio do lore. A Riot apostou num roteiro bem universal e que acerta no queixo dos feels.

Personagens fictícios, problemas de verdade

Arcane tem uma trama universal: a luta de classes. Gente com muito, gente com pouco. De um lado, a elite rica briga por causa de white people problems. Do outro, a parcela mais humilde da população vive segregada, e cria o seu universo para sobreviver. É uma guerra civil entre o lado de cima e o de baixo - literalmente.

Uma produção excelente

A trilha sonora de Arcane é excelentes, e aprofunda demais a experiência. A música que encerra o terceiro episódio? Sim, chorei. A abertura com Imagine Dragons? Spare the sympathy, everybody wants to be my enemy. Ela também seguiu um estilo bem legal, quase Game of Thrones.

O roteiro do Ato I escala muito bem a história. Um episódio introduz os personagens e um problema. O segundo, dinâmicas e o conflito Piltover x Subferia. O terceiro escala os problemas e as interações de um jeito intenso e impactante. Não lembro de assistir algo tão emocionante desde a Parte 5 de Jojo.

Ah! E a cena abertura do primeiro episódio já é uma cacetada nos feels)

Não tenho o que reclamar da dublagem - acho que ninguém tem, risos. As animações e o traço foram as coisas que mais me cutucaram pra assistir Arcane. É uma coisa meio Borderlands meets Bioshock, com muitas expressões faciais e cores.

A paleta reforça bem a diferença social de cada região: Piltover tem cores claras e leves, que gritam nós somos limpos, organizados e inteligentes. Já Subferia tem cores e tons escuros, muitas sombras, que dão o recado: aqui não é seguro pra você engomadinho que não fala a linguagem das ruas.

Resumindo

A espera por Arcane valeu a pena. League of Legends tem um universo muito rico em conteúdo, mas que não tinha sido realmente explorado. É uma história sobre família, de lutar pelos ideais, sobreviver, sobre manter a sanidade enquanto o mundo em volta desafia. Esse é um começo para quem sabe nós termos mais animações do tipo, e um começo bem promissor. 

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