Review: Anette Olzon - Strong (2021)


Todo mundo gosta de história de superação e boa música. Também gostamos de review! Pois hoje tem tudo isso. Seguindo (e por enquanto terminando) a maratona dos reviews musicais, é a vez do Strong, novo álbum da Anette Olzon que foi lançado no dia 10 de setembro. Eu estava bem curiosa de ouvir esse álbum, pois a Anette tem uma história e tanto. Agora vamos conversar sobre como foi.

Se você acompanha o female fronted metal, já conhece ela. Se não, o resumo resumido: Anette Olzon foi a segunda vocalista do Nightwish. Em 2014 ela lançou o primeiro álbum solo, Shine, e desde então se envolveu em vários projetos, incluindo o ótimo The Dark Element. Shine foi um álbum pop rock de vibe praticamente natalina, e eu adorei.

Strong é totalmente oposto. O álbum é mais rápido, tem mais energia e empolgação. Ele também é pesado, melódico e muito sueco. Baterias cavalgadas, muito teclado, riffs de guitarra virtuosos - esse tipo de coisa. As músicas lembram conterrâneos da Anette como In Flames, Dead by April, Soilwork e Dimmu Borgir


O "culpado" disso é Magnus Karlsson, que produziu o novo álbum da Anette. Karlsson, que também é sueco, reprisa a parceria com a cantora no Allen/Olzon, e mostra que tem um toque de ouro para metal melódico. O guitarrista sabe construir melodias que se adaptam com naturalidade à voz dela, criando um metal power gostoso de ouvir.

(Não admira que Karlsson seja o pai dos três primeiros álbuns do Allen/Lande, e do Silence, do Kiske/Sommerville)


Falando dos vocais, eu gostei deles. São cativantes e eficientes, exatamente o que eu esperaria da Anette. Meu único porém nesse álbum é que embora voz e melodia sejam bem casados em todas as músicas, em vários momentos eu achei voz da Anette abafada pela melodia. 

O álbum também faz uso de guturais, algo que eu realmente não esperava. Gostei da surpresa. Eles não aparecem sempre, mas quando é o caso, é um extra bem-vindo.

Vale a pena ouvir Strong?

Vale. Mas se você ajustar as suas expectativas.

Esse álbum não tem nenhum compromisso em ser revolucionário, o negócio dele é fazer algo simples e bem feito. Não posso reclamar, pois eu ainda gosto bastante de metal melódico/power, e adoro a Anette. Junte os dois, e temos o dobro de vantagens. É muito interessante ver como o Strong é musicalmente oposto ao Shine, mas é algo com a cara da vocalista.

Desde que Anette Olzon passou pelo Nightwish, muita coisa aconteceu, até mesmo bullying. Ela passou um tempo longe da música, se dedicando à carreira de enfermeira, mas nunca 100% se afastou do cenário, o que eu agradeço. Além de ser uma pessoa talentosa, é totalmente querida pelos fãs. Saber de tudo isso deixa o Strong ainda mais legal, e explica porque o álbum tem esse título.

Quem gosta de metal sueco, ouça. Se você é fã, ouça. Se nunca ouviu a Anette, ouça. Se você gosta de boa música... Você já sabe o que eu vou dizer.

Solte o play no álbum completo


Faixas favoritas: Bye Bye Bye, Sick of You, Fantastic Fanatic, Hear Them Roar

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