Liderados por Paul McCartney, 150 artistas assinaram uma carta aberta pedindo regulamentações que protejam as receitas de artistas e compositores. Direcionada ao Primeiro Ministro Boris Johnson, a lista tem outros nomes de peso Annie Lennox, Robert Plant, Kate Bush, Sting e Peter Gabriel. Ela pede que o mesmo sistema de receita para quando as músicas são tocadas no rádio, se estenda às plataformas de streaming.
Atualmente, os compositores ganham 50% da receita com execução de suas músicas em rádios, mas apenas 15% no streaming. Já os músicos não recebem receita. Os artistas podem ganhar dois centavos por streaming, significando que um artista ganhará apenas 2 mil libras (R$ 15.5 mil) por um álbum ou música que alcance um milhão de execuções.
O texto da carta ainda nota que o streaming de música subiu 22% durante a pandemia, e os gigantes do mercado viram suas receitas aumentarem. No Reino Unido, a indústria gera receita de 1 bilhão de libras (quase R$ 7.8 bilhões) por ano.
Segundo os músicos, a legislação de direitos autorais não acompanhou os avanços tecnológicos e os hábitos de escuta do público. Eles sugerem que duas palavras - "diferente de" - sejam removidas de uma seção da Lei de Direitos Autorais, Desenhos e Patentes de 1988, "para que os artistas de hoje recebam uma parte das receitas, assim como no rádio".
A carta é apoiada pela União dos Músics e a Ivors Academy, representando coletivamente dezenas de milhares de intérpretes, compositores e compositores britânicos. A intervenção ocorre em meio a uma investigação feita por parlamentares do comitê selecionado de Digital, Cultura, Mídia e Esporte sobre a economia do streaming de música, que deve apresentar um relatório dentro de semanas.
O comitê ouviu como artistas pop de sucesso lutaram para pagar o aluguel e precisaram dirigir Ubers para sobreviver.
Horace Trubridge, secretário-geral do Sindicato dos Músicos, disse: “Ao tornar a lei mais rígida para que o streaming pague como o rádio, colocaremos a receita do streaming de volta ao seu devido lugar - nas mãos dos artistas. É a música deles, então a receita gerada com isso deve ir para as mãos deles.”
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