Terminou janeiro. Férias? Nem do trabalho, nem do stress
Plays anteriores: Phil Collins - Long Long Way to Go, Phil Collins Don't Lose My Number, Phil Collins - I Cannot Believe It's True
O primeiro mês de 2021 tá na conta. Janeiro foi estranho: a gente se dividiu entre o semi recesso do site, o retorno, e o offline estressante como se agosto de 2020 nunca tivesse terminado. Felizmente a gente passou esses dias em boa companhia, né? Falar de Phil Collins é difícil, porque é fácil falar de um dos heróis da minha vida, que fica difícil parar de falar, risos. Fechamos o mês com a prosa boa e musical de Both Sides of the Story.
Eu adoro essa música. É aquele mesmo esquema de soft rock acessível, boa guitarra e bateria marcante. A letra é uma das melhores que ele escreveu, e uma das melhores que eu ouvi na vida - e eu já ouvi muita coisa. No geral, o álbum Both Sides volta à melancolia sombria do Face Value e Hello, I Must Be Going!, falando de temas pessoas e políticos. A pegada temática também lembra muito Long Long Way to Go, mas com uma crítica ainda mais direta:
A gente precisa ouvir os dois lados da história.
Na era das redes sociais, esse conceito ficou velho. Todo mundo é perfeito, moral impecável, valores da maior qualidade, e incapaz de aceitar um lado da história que não seja o seu próprio. A gente não sabe mais exercitar a empatia, de sentir a dor do outro. A dor do outro só importa se for interessante pra mim. Fugiu disso, a gente ignora.
Mesmo que o outro lado da história não seja bom, ou você não concorde, é importante ouvir. Por mais que eu odeie o jornalismo - e eu odeio - esse hábito eu levei pra vida no geral: checar todos os fatos. E é nessas horas que você lembra daquela matemática simples, das antigas: uma história tem o seu lado, o meu e o verdadeiro. E não necessariamente esse último tem relação com os outros dois.
Ouvir Both Sides of the Story é um exercício musical de empatia e reflexão. Tantas vezes eu vi pessoas, vi situações, e pensei coisas. Mas será que o que eu pensei era a verdade? Não seria só um lado de seja lá qual for a história? Como hoje em dia todo mundo só corre atrás de like, RT e passar uma imagem de santo(a) imaculado(a), quem se importa. Certo?
Pelo menos a gente tem o Mestre pra ensinar o caminho das coisas certas:
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