Na última terça-feira, o site The Intercept Brasil vazou trechos da sentença contra André Aranha, acusado de estupro de vulnerável pela blogueira Mariana Ferrer. Junto com as argumentações finais do Ministério Público, o site também compartilhou vídeos da audiência entre a vítima, advogados, promotoria e o juiz Rudson Marcos, que absolveu o réu.
“É uma vergonha para o judiciário brasileiro”, pontua Larissa Pessoa sobre os trechos vazados. Em partes do vídeo, o advogado de defesa, Cláudio Gastão, mostra fotos que a catarinense postou nas redes sociais antes do caso e diz que não teria “uma filha do nível” entre outras ofensas.
O desfecho do processo também causou revolta nas redes sociais. Thiago Carriço de Oliveira, um dos responsáveis pelo caso, afirmou que a absolvição de Aranha se deve ao fato de que o réu não tinha como saber que a vítima não tinha condições de consentir com a relação sexual durante uma festa realizada em dezembro de 2018.
Por isso, André Aranha não teve a “intenção” de estuprar Mariana Ferrer, tornando o ato culposo ー sem dolo, sem a intenção de causar dano. Na reportagem do The Intercept Brasil, o termo “estupro culposo” foi usado para chamar atenção para a rese da promotoria ー no entanto, o conceito não consta na sentença do caso nem no Código Penal.
Larissa Pessoa, que escreve romances cristãos com protagonistas empoderadas, defende que não faz sentido haver estupro culposo porque não tem como praticar o ato sem intensão. “Que tenhamos justiça por Mariana Ferrer, que foi gravemente desrespeitada durante a audiência”, diz a autora. A escritora de “Se não fosse o seu amor” e “Amor Perfeito” ainda afirma que o julgamento pode afetar psicologicamente outras vítimas de estupro.
Via Comunica Hype
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