O que é
Lançado em 2005, o filme é meio que uma sequência de Demolidor - sim, aquele que o Renan fez o outro Deu ruim. Aqui, a nossa protagonista é treinada na arte do ninjutsu após um evento que mudou a sua vida, literalmente. Seu mestre é um velho conhecido dos fãs da Marvel, mas ao ver que ela não consegue controlar a própria raiva, Elektra é exilada e torna-se assassina de aluguel.
Tudo muda quando seu novo alvo é Abby, uma garota de 13 anos, e o pai dela, Mark. Esse momento faz Elektra tomar uma decisão e encarar os demônios do passado... Literalmente.
Por que deu ruim?
O roteiro. "Elektra" não se esforça em dar muitas explicações sobre o tal evento, ou explicar de fato quem é o mestre dela. Se você não conhecer o lore do Demolidor, vai ouvir o nome e boiar. O que você sabe, é: Elektra é considerada um fantasma, porém temido por muitos.
Temos vilões, mas eles não são tão interessantes assim. Posam como ameaça, são ruins, mas não dão a sensação de que você precisa realmente sentir medo pela protagonista e os relacionados a ela. A ironia: essa devia ser exatamente a ideia! São mais do tipo vilões-que-fazem-vilõezices e é isso. Nota-se que não é o departamento mais forte da Marvel desde muito tempo.
Outro furo do roteiro: a Elektra só é interessante porque é a Jennifer Garner. Sendo outra atriz ali, era ainda mais fácil ignorar o filme. Você basicamente assiste pra ver a atriz fazendo cara de sofrida e batendo em vagabundo. Ainda inventam um romance que compete de igual para igual em termos de ruindade com o romance Hulk x Viúva Negra. (aquela merd*)
Por que eu gostei?
"Elektra" não é bom o suficiente para ser incrível, mas não é ruim o bastante pra chamar de lixo. É o típico enlatado de ação anos 2000: se não esperar muito dele, você não se frustra. Mesmo com esse roteiro criminoso.
Os cenários são bonitos, as cenas de ação são boas. Não é bom a nível "Missão: Impossível" ou "The Old Guardian", do tipo que "conta a história de forma física". (minha nova expressão favorita) Mas são uns malabarismos bacanas de ver.
E mesmo sendo poucas vezes, quando surge a dinâmica de mestre/discípulo ou protetor/protegido entre Elektra e Abby, o filme dá uma animada honesta. Atualmente séria e reservada, um dia Elektra Natchios já teve a mesma energia caótica da Abby. É um detalhe que reforça o anti-heroísmo da personagem, e eu aprecio isso.
E aí?
"Elektra" não é o melhor filme do mundo, mas definitivamente não é o pior. Vale a espiadinha nem que seja pelo fanservice de ver a Jennifer Garner. Sim, ela manda bem na atuação, ou dentro do que o roteiro permite. Rever o filme em 2020 me fez até sonhar com re-introduzir a Elektra no MCU atual, agora que a Jennifer tem mais tempo de carreira. E que totalmente merece mais sorte nos filmes para os quais é escalada. Dá vontade no potencial desperdiçado, né minha filha.
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