Waka Talk: Nos 50 anos de Chorão um pouco do que só os loucos sabem

Olá, tudo bem? Dia 9 de abril seria dia de alegria daquelas que só os loucos sabem, afinal, hoje seria comemorado os 50 anos de Alexandre Magno Abrão, mais conhecido como Chorão. Um dos santistas (mesmo que não de nascimento) mais famosos do país, sua vida é retrato das letras do Charlie Brown Jr. no quais a caminhada inicial foram dias de lutas até chegar aos dias de glória com a banda fazendo sucesso.



Quem foi o Chorão?

Nascido em 9 de Abril de 1970, Chorão foi de tudo um pouco conforme a carreira foi crescendo. Com infância difícil na qual sua mãe trabalhava fora, ele viveu nas ruas e a escola foi detalhe parando os estudos na sétima série. Isso contribuiu para ele passar mais tempo nas ruas e com isso amentou seu amor pelo skate assim como também gerava problemas com a polícia, até quando não fazia nada.

Aos 21 a vida começa a mudar e mesmo que a primeira banda junto com Champignon, a Whats Up, não tenha dado certo a sequência nos trouxe o Charlie Brown Jr e é aqui que a história começa a crescer, para o bem e para o mal.

Os caras do Charlie Browm invadiram a cidade

A primeira formação do Charlie Brown Jr foi composta por Chorão, Champignon, Marcão, Pelado e Thiago Castanho, para quem gosta daquela futilidade raiz x nutela, uma formação com esses nomes acaba fortalecendo o time raiz.

O CBJr acabou tendo a benção de Rick Bonadio, quiçá o maior produtor musical conhecido do país até os dias atuais, que na época seu maior destaque era o Mamonas Assassinas. Juntando o período amador e profissional, a banda teve sua vida entre 1992 à 2013, quando Chorão veio a falecer.

CBJr foi tão icônico que marcou muita gente e em larga escala no país, mesmo com o eixo Santos-São Paulo sendo a casa da banda. Boa partes dos clipes da banda se passam nas duas cidades, e é incrível, quanto mais você conhece Santos mais você identifica lugares que talvez não conhecesse na juventude por não fazer os rolê na XV por exemplo...

A praia é óbvio que é Santos, mas tem mais locais...

O impacto do CBJr

Diga nos comentários, qual foi seu primeiro contato com a banda? Dependendo da sua idade eu diria que foi com esse dorama juvenil brasileiro:


Como a banda ficou por muitos anos embalando a abertura dessa série quase eterna da RGT, é provável que tenha sido a primeira vez que você ouviu a banda. Mas também pode ter sido, ainda na TV, mas pela MTv como citei na semana passada na jukebox nostálgica da quarentena.

Muitas bandas ajudaram para a emissora crescer, no entanto, se um produto vingou no Brasil em muito o CBJr contribuiu: Acústico MTv. Com zero bairrismo o acústico dos caiçaras é o melhor produzido pela ex casa da música e fez com muitos brasileirinhos movidos por distorção (de guitarra e não de informação) dessem uma chance pras cordas de nylon.

Como esquecer a morena/o gado e parar de chorar em lives de sertanejo em 2020 e além

Mas antes que você talvez pense que é tudo para os mais velhos mais caro milenial assintomático, um dos seus memes favoritos de escrever vem do "Louco". Afinal, quantas vezes não soltou em rede social "[insira o gênero aqui] quando [insira um ato realizado aqui] não quer guerra com ninguém"? Olha quem foi o poeta da frase:


Outros impactos fortes foram em suas paixões como skate, rap e reggae que basicamente formaram a trindade do rock da banda. Só os loucos sabem como juntar nichos que parecem distintos e unificá-los para o sucesso.

As fronteiras que o CBJr derrubou foi além dos estados brasileiros ao ponto que quando foi noticiada a morte de Chorão, até Axl Roses (sim, do Guns n Roses) emitiu luto e sentimentos dedicando uma versão de Don't Cry para o momento de dor que estávamos no dia.

Ilustre torcedor Santista

Chorão não apenas era de Santos como também foi ilustre torcedor do Santos e levou o nome, da cidade e do time, para todos os cantos que foi. Não atoa um dos momentos mais marcantes do time na década de 2010 contou sua presença.

O time que encantou o Brasil em 2010 (quem discorda é cego) contou o retorno de Robinho. O jogador chegou acompanhado do Rei Pelé e quem os aguardava fazendo show pra torcida n Vila Belmiro? Sim, o Charlie Brown Jr com um Chorão que nitidamente voltou a ser uma criança naquele dia como podemos ver um pouco abaixo:



Só os loucos sabem

Infelizmente Chorão acabou perdendo a luta que muitos do meio da música entravam forte nos anos 1990, e assim, nos deixou de forma precoce. A pegada que ele estava com o CBJr estava diferente mas ainda mantinha a banda com boas músicas e Chorão ainda mais em evidência com letras que ia embalando os novos jovens.

Chorão nos deixa a lição que mesmo que nossa origem seja difícil e aparentemente com poucas opções, nossa força de vontade e competência pode sim nos levar dos dias de lutas para os dias de glória.

Escolher o caminho errado da vida não é opção, é algo que surge consciente e vemos que é entrar em uma luta que a gente não sabe quanto tempo vai apanhar, no entanto, uma hora ela nos nocauteia para sempre. Seja um louco mas um louco consciente.


Até a próxima e quando a quarentena acabar só os loucos sabem como estaremos ainda.

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