Os lançamentos Disney e Marvel impulsionam os bons números deste ano. Só a Disney faturou quase a metade da bilheteria mundial e o poder de suas superproduções não pode ser subestimado. As telas de cinema influenciam os resultados das franquias e outras empresas baseadas no licenciamento de produtos geek. O sucesso de um filme ou série está diretamente relacionado ao sucesso de uma coleção. Se o filme vai bem, a coleção vai bem, caso contrário, a coleção também derrapa.
Capitã Marvel, Alladin, X-Men: Fênix Negra, O Rei Leão e Toy Story 4 são algumas das superproduções que lotaram os cinemas e renderam ótimas vendas em 2019. E ainda temos mais: Malévola – a mestre do Mal, Frozen 2 e Star Wars: A ascensão de Sky Walker alegraram os fãs.
O ano de 2020 promete ser igualmente promissor, com os filmes da Viúva Negra e Os Eternos, ao lado de produções da Marvel que chegam em formato de série, como Falcão e Soldado Invernal. Todos que atuam no segmento esperam ansiosos pelas produções, pois haverá lançamentos pertinentes a cada um deles.
Mas nem só de grandes franquias cinematográficas se faz o mercado geek. Não podemos nos esquecer dos games. O Brasil tem nada menos do que 45 milhões de jogadores, ocupando a quarta posição no ranking mundial, segundo um estudo feito pelo BNDES, e eles estão ávidos por consumir produtos relacionados aos seus interesses.
Em meio a filmes e games, o setor ainda não atingiu o ápice no Brasil, e ainda temos espaço para crescer muito mais. Enquanto o mercado de licensing movimenta algo em torno de R$ 18 bilhões ao ano por aqui, segundo a Associação Brasileira de Licenciamento (Abral), nos EUA o número sobe para US$ 150 bilhões. Ou seja: temos muito a caminhar, mas o cenário se mostra favorável. As licenciadoras começaram a entender que o Brasil tem demanda, qualidade, e capacidade para fazer um bom trabalho para suas marcas. Se até alguns anos atrás, muitas delas nem autorizavam licenciamento no Brasil, por não acreditarem no mercado, hoje a situação mudou, e o país chama a atenção dos grandes nomes.
Felizmente, essa desconfiança se torna coisa do passado. O consumidor geek é ávido por adquirir produtos relacionados aos seus interesses e vem proporcionando ao setor um crescimento não verificado em outros segmentos de mercado. Caso o país resolva seus entraves burocráticos e melhore o sistema tributário, tem tudo para impulsionar cada vez mais esta demanda e se tornar uma das joias da coroa do mercado geek.
*Por Felipe Rossetti
* Felipe Rossetti, sócio-fundador da Piticas, uma das maiores marcas relacionadas à cultura pop e ao universo geek do Brasil.
via NB Press
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