O Japão é outro mundo
Como hoje vamos acompanhar a rotina de um mangaka (desenhista de mangá) na terrinha, primeira coisa que não deveria, mas talvez bata o espanto é, acordar as 5 horas e pouca para trabalhar, contudo, com algo que você cresceu gostando e desejou um dia trabalhar com isso. As vezes a vida te leva para esse caminho também, né?
Singelos detalhes do anime, digo, mangá da vida
O dia de Reiji Miyajima começa por volta das 5h30 da manhã. Uma típica casa japonesa de proporções pequenas e com um detalhe que, por muitas vezes, já pensei nele: viver em um espaço "minimalista" onde as coisa estão no chão. Vemos a cafeteira de pouco respeito no chão, o video game no chão, tantas coisas no chão no seu quarto.Rapidamente ele está pronto para começar a sua rotina e o caminho para o estúdio ele o faz a pé. A paisagem tradicional e típica do Japão dá uma certa bugada na mente. É muito difícil não associar a animes e manga, fazendo jus a famosa frase "o Japão é um anime da vida real."
Por volta das 6 horas da manhã vemos que ele chega até o Estúdio Casa (ou Casa Estúdio) que é muito adotado por muitos mangakás. O primeiro andar da casa é mais para o lado casa mesmo com o banheiro, cozinha e detalhes mais "caseiros", enquanto no piso superior, temos o estúdio e outro visual no local como as paredes quadro negro.
E logo que vemos que os primeiros passos para começar o dia no estúdio são feitos pelo próprio Reiji Miyajima preparando o café para todos, limpando o banheiro do local, abrindo o estúdio. Isso talvez seja muito impensável na nossa realidade e mentalidade comum em ambientes de trabalho que são casas e alguns funcionários e chefes não a cuidem por sí, sempre terceirizando. E deixando claro que isso não é um julgamento, cada local anda com suas ideias e afins, mesmo em ambientes criativos.
Kanojo Okarishimasu
Após tomar um fora Kinoshita Kazuya contrata Mizuhara Chizuru através de um aplicativo chamado Diamond, um aplicativo de namoradas por aluguel. Mas um relação apenas de trabalho acaba em um encontro surpresa pelos dois estudarem na mesma faculdade.
Reiji é conhecido como o mangaka mais rápido do Japão entre os autores de séries semanais. Ele revela que após o Ensino Médio realizou um estudo intensivo de desenho por dois anos. Após seus anos aperfeiçoando seu traço e técnicas de desenho, vem a pergunta que surpreende com a resposta. Qual foi e quanto recebeu pelo seu primeiro trabalho.
Isso me espantou pois eu não acredito que os trabalho no ocidente possam chegar próximos a isso ou em valores, digamos, aceitáveis para valorizar o profissional e ele seguir carreira em seu inicio, e mesmo futuramente. Isso se reforça quando vejo os descasos nas Artists Alleys de eventos nacionais, talvez um tema futuro. Mas deem uma olhada com carinho nessa arte local que adquiri no Festival Geek.
O trabalho no estúdio
É curioso que Reiji usa a caneta touch para fazer os traços em uma mão, enquanto na outra, ele tem uma espécie de Wiichunk que rotaciona a página, dá zoom, aciona a máquina de café e zaz. Japonês é outro nível mesmo quando envolve tecnologia.
A hora do almoço é da mesma forma que por aqui sendo por volta das 12h. O que chama atenção é Reiji leva o cachorro para passear no parque e come algum lanche na rua. O curioso é o cachorro que vive na casa estúdio, reforçando o lado casa.
#TBT
Após uma curiosidade com clima alegre e descontraído, ficou até difícil por uns momentos pensar na sequência manter a pegada, mesmo que muitas vezes eu mude o tom drasticamente nessa parte... Mas vamos sim manter pelo menos um ar cômico.Uma das aberturas de anime mais doidas para uma história ainda mais doida que é Ranma 1/2 da autora Rumiko Takashi (também autora de InuYasha), lançado em 1987 e até os dias de hoje faz as pessoas rirem ao contar a história de Ranma Saotome e sua maldição de se transformar em mulher ao ser molhado em água fria após ele e seu pai (que se transforma em um panda e se comunica com plaquinhas) caírem em fontes térmicas amaldiçoadas na China.
Ranma 1/2 chegou a ser exibido no Brasil, contudo, sofreu um pouco até finalmente ir ao ar. Após a falência da Manchete o anime foi oferecido para emissoras abertas que recusaram. A Band chegou a prometer exibir o anime mas... A série começou a ganhar espaço quando o OVA, A Grande Aventura na China, foi lançado com a revista Heróis da TV em 2003.
O anime só veio a finalmente fazer parte da vida dos burajiru-jin por volta de 2006 quando o Cartoon Network exibiu no famoso bloco Toonami. A PlayTV também chegou a exibir o anime junto de outras séries, como Love Hina e Trigun por exemplo.
Mata ne!
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