Em 14 de novembro estreou no Brasil As Panteras, filme que traz a franquia de volta aos cinemas depois de 16 anos. Entretanto, se o reboot hoje é possível, é porque tudo começou em 1976 com a série de TV. Nos cinemas, as Panteras estouraram com o filme lançado em 2000, que teve Destiny's Child na trilha sonora, Lucy Liu, Cameron Diaz e Drew Barrimore nos papeis principais. E é justamente sobre ele que nós decidimos finalmente falar sobre.
O que é
As Panteras foi lançado em 2000 pela Columbia Pictures, o mesmo estúdio responsável por dois outros filmes os quais eu gosto muito: Closer e Comer, Rezar, Amar. A trama é baseada na série de TV, pois sim, as Panteras originalmente nasceram na TV. Foi com o filme que o mundo conheceu Natalie Cook (Cameron Diaz), Dylan Sanders (Drew Barrimore) e Alex Muday (Lucy Liu), as três agentes secretas que trabalham para agência do misterioso Charlie.
No filme, as Panteras precisam resgatar um bilionário sequestrado, antes que o seu software secreto de identificação de voz caia em mãos erradas. Para evitar que isso aconteça, elas usam tecnologia de ponta, veículos, artes marciais, disfarces e um charme irresistível, que conquista qualquer pessoa que assista ao filme.
Quem produziu
As Panteras tem direção de Joseph "McG" McGinty, que assina a direção da sequência do filme - As Panteras: Detonando. McG também dirigiu o clássico Somos Marshall, e o clássico invertido O Exterminador do Futuro: A Salvação. No roteiro, As Panteras teve o trio Ryan Rowe, Ed Solomon (MIB: Homens de Preto) e John August (A Fantástica Fábrica de Chocolates).
O filme teve oito produtores, entre eles quatro mulheres. Além da Drew Barrimore, Betty Thomas, Amanda Goldberg e Nancy Juvonen trabalharam na produção. As duas últimas retornaram como produtoras na sequência, e Nancy Juvonen voltou como produtora executiva do reboot, lançado este ano.
Por que foi bom?
As Panteras e Miss Simpatia são filmes que eu coloco no mesmo nível (alto) por fazer o que poucos fizeram. O filme fala de feminismo utilizando utilizando ação e comédia, e o resultado é incrível. O filme é divertido, empolga e mostra que as meninas são competentes, não perfeitas. Isso é ótimo. Foge da ideia pavorosa da "personagem feminina forte e infalível".
Outra coisa importante é as Panteras serem muito amigas. A gente cresce vendo as mulheres sendo rivais umas das outras, então ter esse exemplo de amizade sem rivalidade, é a coisa mais preciosa do mundo. As três tem personalidades diferentes, estilos diferentes, e ainda assim acham um ponto em comum na amizade.
O absurdo do bem
Um pequeno spoiler necessário pra você entender melhor
As cenas de ação são boas, mas o grau de absurdo é real. Entretanto, isso nunca me incomodou. É óbvio que a tecnologia da época era menos avançada. E mais do que ser um problema, as cenas de ação bem desse jeitinho viraram uma característica do filme. É igual Missão: Impossível, que tem cenas sem vergonha de absurdas, e isso virou marca da franquia.
O destaque
Eu gosto muito de filmes de ação na pegada espião/agente secreto, menos James Bond. Esse eu nunca liguei muito. Já As Panteras eu tenho um carinho todo especial, principalmente pelo destaque de todo filme: as meninas batem pra valer, sem nunca negar a beleza e feminilidade delas e vice-versa. Por que existe o preconceito, né? Se a mulher faz "coisa bruta", é pedreira. Se ela é vaidosa, é patricinha do tipo encostou-quebrou.
Outro ponto importante: as Panteras utilizam o charme como um recurso para avançar na missão, e isso não soa ofensivo. Vida de espiã/agente secreta é isso, e mulher bonita é charmosa e tem mais é que mostrar isso. Não tem nada de errado, pelo contrário. Entretanto, o roteiro permite elas fazerem isso sem perder o auto-respeito.
Como um filme de 2000 ainda é tão relevante e maravilhoso?
Assista (ou re-assista) As Panteras que a resposta está bem aí.
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