Gostaria de começar o apunhado de ideias com mais alegria, contudo, o destino e a vida são uma caixinha de surpresas.
Andre Matos morreu e ainda parece mentira
No dia 7/6/2019 meu PC veio a óbito por volta das 12h e era o pior o dia possível pra isso. Não que haja um dia bom para ficar sem sua ferramenta de trabalho e lazer, era horrível pois a E3 estava já dando voadora na nuca para começar.Talvez eu confunda a ordem das coisas agora mas lembro que sábado estávamos acompanhando as coisas, eu foquei muito na Microsoft por motivo extras (por ser dono de Xbox One e remar contra a maré feia da mídia com diploma) e no meio da tarde do dia 8 eis que uma amiga me manda print do Instagram do Shaman com a tragédia.
Era anunciada a morte do Andre Matos. Me lembro fácil de na época de adolescência eu ir na contramão dos meus amigos que enquanto todos estavam indo para o lado heavy metal, lá estava eu indo pro hard rock puxado pelo Guns N' Roses. Contudo houve uma época da qual não me lembrarei direito, mas de alguma forma, surgiu Angra no rolê.
Toda minha resistência caiu com aquele riff que quando olha a tablatura começa simples de fazer, contudo, sua execução faz toda a mágica da música acontecer:
Um pouco de heavy metal (melódico) acabou invadindo minhas playlist mas o dominio eram os trabalhos do Andre. Shaman foi minha banda favorita, tirando Dr. Sin, no segmento até acontecer a separação da formação original. São muitas músicas do seu legado que me marcam e gosto de ouvir até hoje, isso do Viper ao Shaman.
Living for the night
A tristeza é grande e em parte queria compartilhar como a obra de Andre matos entrou na minha vida e como a morte dele trouxe mais reflexões. Apesar de eu praticamente ter me desligado do mundo musical quando matamos o Hardmetal Brasil, por alguns motivos aleatórios coisas do Angra acabavam vindo até mim. Então eu tenho um certo entendimento das tretas deles e como um lado estava forçando muito para se tornar o bonzinho enquanto parecia ser apenas uma motivação para não deixar tão evidente interesses comerciais.Em especial o Angra parece que não quis saber dele a não ser que fosse para um retorno, e esse, me dava a creditar para ser algo pontual e gerar um lucro pra banda. Quero estar errado nesse pensamento, afinal, eles podiam ao menos tentar se entenderem e não obrigatoriamente voltarem a tocar. mas ter paz.
André morreu, Angra começa a falar dele mais do que chegou a falar nos últimos 20 anos. Sai um vídeo de 40 minutos para falar do choque que foi a notícia, depois vemos o mesmo membro da banda explicar porquê ficou mais de 20 anos sem falar com o André. Cara, 20 anos... Parte da audiência nosso deve ter menos que isso e, se pá, ouve Angra. Duas décadas é tempo demais nessa vida.
Eu acredito que exista um sentimento real de arrependimento de deixar o tempo passar, e infelizmente, ele morreu sem ter como resolverem.
No meio desse bolo todo duas declarações me chamaram a atenção e uma surpreendeu. A mais bem feita vem do seu ex-companheiro de Viper e amigo de infância/adolescência Felipe Machado e vale a pena a leitura. E a que mais surpreendeu foi Régis Tadeu sendo lúcido e não babaca ao falar de algo. Honestamente, vale a pena ouvir o que ele disse e refletir sobre ego e perdão.
Descanse em paz, maestro Andre Matos.
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