Comentando o primeiro trailer de Batwoman


Eu sei que certas coisas estão indo devagar por aqui. Não é por mal, mas... São tempos enrolados. Só que hoje vamos mudar isso! Nesta semana tivemos o CW Upfronts, evento anual da emissora onde os programas novos e já existentes ganham novidades. Mais exatamente: nesta quinta-feira (16) saiu o primeiro trailer de Batwoman, o que totalmente vale um Comentando, mesmo que meio atrasado, sobre a chegada de Kate Kane ao Arrowverse. Oficialmente.




AINDA TEM A VIBE DE GOTHAM


O Batman sumiu de Gotham por motivos que ninguém sabe. Ainda assim, a cidade tem a vibre que você esperaria de Gotham: sombria e caótica. Não é um cenário estranho, pois quem viu Elseworlds, o crossover 2018 do Arrowverse, já sabia disso. Com a ausência do Morcegão, a onda de crimes em Gotham aumentou... Ainda mais. A ambientação dos cenários e mesmo dos figurinos vai na linha das séries do Arrowverse, um detalhe de continuidade bacana de perceber.

GOTHAM PELA PERSPECTIVA DELA


Durante anos de cinema e TV, você viu Gotham pela perspectiva do Batman e Bruce Wayne. Agora, tudo mudou. Kate Kane é prima do Cavaleiro das Trevas, mas eu não estou tão presa aos detalhes de narrativa por agora. Ou não presa a todos, os detalhes. Mas é ótimo podermos explorar Gotham por uma perspectiva muito interessante. E que mantém forte um dos pontos mais fortes do CW: as suas mulheres.

MULHERES REALMENTE FORTES


Numa retrô passada, eu falei sobre como criar "mulheres fortes" no entretenimento começou bem, mas virou um problema. Felizmente no CW isso não é o caso. É claro, o formato não é perfeito e a emissora já vacilou com as suas moças. Ainda assim, no saldo geral, o Berlantiverse fez coisas mais positivas do que negativas.

Arrow, The Flash, Legends of Tomorrow e Supergirl tem mulheres fortes de todos os perfis. Tem a ex-assassina que virou capitã (Sara Lance), a mulher super inteligente (Felicity Smoak), a mulher que mesmo na versão alternativa, fez sucesso (Laurel Lance). Tem ainda as irmãs que são incríveis (Kara e Alex Danvers) e a heroína da ficção, e da vida real: Nia Nal é a primeira heroína trans da TV, vivida por uma atriz também transexual. E a Nicole Maines manda bem demais no papel.

Isso tudo porque eu nem falei de The Flash. Tivemos a garota problema, mas já tínhamos a Caitlin Snow, a Nevasca. Uma meta-humana que também é cientista! E o que dizer de Iris West? Mesmo sem poderes, ela nunca corre das brigas.

UM REFORÇO FANTÁSTICO


Batwoman chega como um reforço fantástico. Kate Kane é judia, lésbica e ex-militar. Ela preenche os requisitos para sobreviver no combate, e para render ótimas histórias. E isso me anima demais. A atriz Ruby Rose deixou uma impressão bem positiva em Elseworlds, com toda atitude e estilo que já conquistaram os fãs. E até a Pessoa que Vos Fala™, o que não seria difícil.

Ruby Rose chegou criticada, mas mostrou que casou bem com a personagem, pois também existe a conexão fora das telas: ela também é lésbica. Então atriz entende personagem melhor que a maioria. Me impressiona (positivamente) ver o CW manter o radar nas questões sociais com qualidade.

É muito fácil cair no "quem não lacra, não lucra". E O CW não esconde a militância, mas apesar dos erros que já aconteceram, as questões sociais conseguem integrar bem esse universo de heróis, vilões e filtros de cores escuras. Afinal, o Arrowverse caminha para o fim em Star City. E podemos estar no fim em Central City. Já National City está ao Deus dará.

Então vamos precisar de Gotham City para ser a nossa nova fonte de tretas, lutas e diversão.

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