Vale a pena ler de novo: resumo da quinzena 17/03 a 30/03


Eae você. Uma mini eternidade se passou desde a última retro, pois na semana era para termos tido o texto, e na segunda-feira. Mas quis a vida que na segunda também tivessem tido problemas, e justo em algo que comprometeria todo futuro do nosso trabalho: no layout do site. Então você até deve ter notado a mudança, decidimos simplificar para facilitar, e ver o que o futuro nos reserva. Só que nisso tudo, o texto da retrô acabou ficando para trás.

Saudades! De verdade. Minha semana não fica a mesma coisa sem conversar com você na segunda-que-acaba-sendo-terça-feira. É um hábito que vai mudar, mas ainda não tá indo. Então vamos seguir as atividades! Afinal, não bem terminamos o especial do Mês Internacional das Bonitas™, por isso pode chegar, pois é o que faremos agora.


CUTUCANDO O VESPEIRO

Há quem diga que a Peach é a grande vilã do universo Mario, e não é uma teoria sem fundamento

Durante o mês de março passamos por uns assuntos interessantes. O público feminino de esports já é de 30%, filmes com mulheres protagonistas são mais rentáveis que os dos homens. E conhecemos a Yoko Shimomura, essa linda, que compôs a trilha sonora de Street Fighter 2. Hoje vamos falar de uma polêmica, apesar do começo com boa intenção.

O que é uma "personagem feminina forte?"

COMO QUE ESSA CONVERSA COMEÇOU

Lucy Lawless, o primeiro amor de muita gente

Um belo dia as mulheres colocaram a boca no trombone pela forma como eram representadas no entretenimento. Por muito tempo seguimos a linha bela, recatada e do lar, as mocinhas em perigo. As Princesas Peach. Gradativamente as mulheres passaram a ter vez e voz nesse dilema, e começaram a surgir as Xenas da vida, literalmente.

Xena foi o primeiro exemplo de "mulher forte" que eu conheci na vida. E durante muito tempo elas foram definidas assim: sua força vinha da capacidade de dar porrada mais e melhor do que os caras. E nos caras. Numa análise simples, mesmo a Ruiva Sinistra™ da Viúva Negra se encaixa nesse perfil. E numa análise mais simples, tantas outras caem nessa "malha fina".

Mas o que começou como uma ideia muito boa, acabou tendo seu efeito colateral.

O COMBATE AO ESTEREÓTIPO QUE VIROU ESTEREÓTIPO

Chloe O'Brian, saudades saudosistas de você

Eu do fundo do coração entendo porque isso aconteceu. A revolta com o perfil de donzela em perigo causou uma revolução. Mas também causou outro estereótipo. Antes nós eramos as mocinhas do lar, e nos tornamos as mulheres que lutam, traumatizadas e sem (ou com pouca) confiança nos outros. E muitas dessas mulheres são ótimas nesse perfil. Natasha Romanoff e Melinda May são as minhas favoritas nesse quesito.

Mesmo a Chloe O'Brian de 24 Horas, entra nessa: mal humorada, impaciente, mas uma hacker da melhor qualidade, a melhor de nove temporadas. Só que muita gente, começando por mim, passou a ignorar e o pior, criticar outros conceitos de "personagem feminina forte", mas não exatamente por socar a cara dos outros.

NÃO ERA BEM ASSIM COMO A GENTE PENSAVA

Glenn Close é aquilo: brilha em rigorosamente em qualquer papel, essa linda

Ainda falando de Xena, a Gabrielle é um ótimo exemplo inverso e dentro da ideia. Tá certo que ela num ponto da história aprendeu a lutar e se defender, mas a sua verdadeira arma sempre foi o jeito com as palavras. Na real, mesmo a arma dela (o bastão) vai contra a primeira ideia de arma - a lâmina de uma espada, uma faca ou lança.

Com mais uns anos eu aprendi que a ideia da mulher forte não era bem assim como a gente pensava. Na real, ela é muito mais ampla do que parece. E isso nos leva a um salto no tempo para 2019, mais exatamente no SAGAwards. Acho. Um discurso feito durante a cerimônia de premiação destacou algo sensacional, que mostra o quanto nós evoluímos até aqui, mesmo tendo muito caminho para andar.

A mulher agora é capaz de ser quem ela é, e ser forte em diferentes situações. Ela é a esposa com Glenn Close, ela é a mulher que pede perdão a toda hora com a Melissa McCarthy. Ela é a Emily Blunt que foi babá mágica, e mãe badass no mundo pós-apocalipse. Elas podem ser ainda a Lady Gaga, uma cantora em ascensão simples, que se apaixonou por um cantor consagrado.

Todas essas são fortes, confere? E nenhuma delas necessariamente porrada na cara dos outros. E isso não tira o mérito delas! Pelo contrário: isso mostra que ser uma mulher forte é ter esse mundo de possibilidades, e poder escolher uma ou quantas você quiser abraçar, quando quiser, se quiser.

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