IDC Latin America acredita em economia de escala para celular dobrável

Lançados no Mobile World Congress (MWC) 2019, que aconteceu entre 25 e 28 de fevereiro, os aparelhos de celular com tela dobrável estarão na mira de usuários e especialistas durante os próximos meses, e desde já são alvo de análises da IDC, empresa líder em inteligência de mercado que fornece serviços de consultoria e conferências para o setor de Tecnologias de Informação e Telecomunicações. 

Ricardo Mendoza, analista de dispositivos móveis da IDC Latin America esteve no MWC e, para ele, os smartphones tinham que dar um novo passo rumo à inovação e isso aconteceu com os celulares dobráveis, visto que já existem smartphones com até 5 câmeras traseiras e 3 câmeras frontais, colocando a captura de imagens e vídeo como elemento decisivo. “Sem dúvida, por enquanto, haverá um mercado específico para os dispositivos dobráveis, em função de barreiras como o preço e as possibilidades de uso, pois grande parte de sua superfície é formada pela tela, componente mais sensível do equipamento e suscetível a quebra”, explica o analista. “A principal aposta das marcas com esses telefones dobráveis está no consumo de conteúdo em streaming e para jogos digitais, ambos acompanhados de conectividade (4G, 4,5G, 5G)”, diz Mendoza.

Para a IDC Latin America, os smartphones dobráveis também devem se adaptar a uma economia de escala; ou seja, pode-se considerar que o custo atual está relacionado à sua recente chegada no mercado, embora um smartphone com tela maior sempre implicará em um custo final maior. “Aliado ao 'boom' das telas, recursos biométricos também estão sendo implementados para garantir a segurança do equipamento e para proteger os dados do usuário, que é um problema atual e também será no futuro”, afirma Mendoza.

Para o analista da IDC, atualmente a inteligência artificial está focada nas câmeras (captura de imagens) e na bateria, mas está se dirigindo para o comportamento de uso do usuário. Saber quais aplicativos são usados e sua frequência, para conseguir prever e ajudar o usuario, é uma tendência que deve se desenvolver em maior escala até 2020. Quanto à realidade virtual, está ganhando força, não apenas em equipamentos premium, mas em dispositivos de custo médio. “As funções criativas dos smartphones fazem deles um instrumento diferente e permitem passar do mundo físico para o mundo virtual e vice-versa", conclui Mendoza.

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