Vale a pena ler de novo: resumo da semana 04/11 a 10/11

Um som pra gente curtir: Jet Set Radio OST - Let Mom Sleep

Eu sei que prometi a mim mesma não ser cheater e pegar um assunto da segunda-feira para falar na retrospectiva semanal. Mas dessa vez vou me bater, pois é isso que farei. Não é o mais positivo dos temas, mas é um que me deixou refletindo de novo sobre algo que eu repito sempre tanto on, quanto offline. 




O tema é a morte de Stan Lee. Aos 95 anos, um dos pais do mundão nerd nos deixou. Uns dirão que "ah, ele já tava velho, pra quê tanto fuzuê?" Não tem como, e não é só porque ele era velho. Quer ter um sinal de que a sua vida foi boa? Conseguir envelhecer e chegar nem que seja na unha do mindinho da idade que ele chegou. A morte é uma coisa muito estranha, a gente nunca se acostuma.

Eu mesma, quando perdi a minha fera de estimação. Mesmo ela tendo quase 20 anos e lutado contra várias doenças, a dor da perda é a mesma. O que, ou quem faz parte da sua vida, em maior ou menor dimensão, deixa uma falta da peste. Você segue em frente, mas nada nunca volta a ser o mesmo. Isso me deixou reflexiva sobre algo que de tempos em tempos eu penso:

Que diabos eu vou deixar quando for a minha hora?

Foi mal se o tema parecer mórbido demais, mas é realista. O que eu falei também no Solta o Play da semana passada, com Queen, repito aqui: nossa sociedade virou uma coisa de momento. É o "hit do verão", a "moda do momento", a "última tendência". Nada é realmente feito pra durar. Nem mesmo o seu celular dura como os de antigamente! Se fosse assim, não lembraríamos do lendário Nokia.

Stan Lee pode ter partido, mas deixou um legado eterno. Ele veio de uma era onde a vida corria mais devagar. E eu gosto da rede de informações que nós temos hoje, o mundo de possibilidades, mas tem uma cultura de coisas superficiais, passageiras e temporárias que é muito forte, e me angustia.

Stan Lee não viveu a passeio. Ele Acreditou no que queria, e só viu a vida pela janelinha quando gravou Homem-Aranha: De Volta ao Lar

Um exemplo clássico: a pessoa se torna Youtuber. Por que? Porque é a onda do momento, heh. Muita gente cai nesse meio sem a menor ideia do que quer fazer, ou que um dia mesmo o Youtube pode dar tchau. E aí, vai sentar e chorar? Tá certo que ter paranoia com o futuro não é saudável, mas viver de momento é imaturo.

Nós criamos uma geração de pseudo influenciadores que daqui 2 anos, somem. De resultados que precisam vir agora, de sucesso que tem que aparecer pra ontem. Tudo é tão rápido que não dá tempo da gente amadurecer as ideias, de errar, de construir um legado 0,5% igual ao que Stan Lee deixou.

Já tive essa afobação no passado. Mesmo hoje a consciência pesa. Eu tô realmente vivendo meus dias produzindo algo real? Sólido? Que vai durar mais de 1 semana? Por isso momentos assim, como a retrô, são fundamentais. Eu adoro te informar, divertir, tietar com as notícias. Mas essa é a hora de parar, respirar, puxar uma cadeira pra gente abrir o coração nerd.

Vale a pena ler de novo: o único divã nerd existencial possível!

Mesmo eu gostando de tudo aqui no site, a retrô é o meu momento favorito. Ela quem dá o alívio na minha ansiedade, mostrando que sim, sua besta, você tá fazendo um trabalho legal. E digo mais, é até melhor que o de muita gente.

Então se a retrô diz isso, eu é que não vou discutir.

Não caia nessa do já, aqui e agora. Viver a vida no passo de tartaruga não é bom, claro. Mas viver tão na correria te impede de viver a vida propriamente dita. Entenda a sua fase, planeje, deixe as ideias fluírem, erre, não se cobre por isso, e lembre do lema daquele aracnídeo:

Com grande poderes vem grandes responsabilidades.

Mas se você confiar no coração das cartas, elas vão te mostrar o caminho certo. E ele começa aqui, com você clicando pra conferir como foi a semana.


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