Baú do Armadura: Goldeneye 007 (Nintendo DS)

Uma vez clássico sempre clássico? Essa pode ser a pergunta a ser feita ou respondida quando foi anunciado um remake do melhor jogo de tiro de todos os tempos lá pelo ano de 2010, CoD/BF fãs piram na afirmação. Lançado para o Nintendo 64 (lembra dele?) e continua nos dias de hoje sendo A referência para multiplay em jogos de tiro. Além de quebrar o estigma de que jogos “baseados” em filmes são epic fail eis que temos a quebra desse paradigma com a análise de Goldeneye 007.

Confesso que em questão do Singleplay, conheço pouco do original, já que na época o que mais imperou do jogo (praticamente perfeito) foi seu multiplay. Quatro pessoas
jogando ao mesmo tempo, dividindo a mesma televisão e isso sendo um momento muito épico. Algo comum na época, aliás duas coisas, era sempre ir atrás da maior TV possível para jogar Goldeneye com os amigos da melhor forma, e, na sua maioria isso era nas locadoras.

Nos anos 1990 era algo muito comum as locadoras tirarem um troco extras com o pessoal pagando pra jogar, bons tempos de pagar R$0,50 cents para meia hora dos consoles da época e R$1,00 a hora nos mesmos. Fora os arcades em algumas ou nas casas de jogos. Bons tempos.

Voltando agora ao presente algumas mudanças ocorrem no jogo lançado para Wii, originalmente o jogo pega poucas coisas do filme, talvez o motivo do seu sucesso, e  chegando ao remake ele se passa após a Guerra Fria tendo toda a ação na base Facility (nome troll se verificar o quão labirinto é esse mapa) e por Bond ser interpretado
por Daniel Craig (a personificação da violência), algumas alterações na história foram realizadas para ficar mais próximo do seu Bond e se encaixa nos eventos após Quantum of Solace.



Outras mudanças significativas ficam para tornar o jogo mais com o mundo de hoje com isso em vez de vermos o prólogo do jogo na União Soviética em plena Guerra Fria, temos a Rússia com a mesma pegada. Não existe o salto de 9 anos no tempo também. As cenas do Principado de Mônaco são adaptadas para Barcelona (encontra com Xenia) e Dubai (o roubo do helicóptero). O encontro com Natalya segue como no original, e outras pequenas mudanças comparando game e filme.

Toda a tecnologia de antes, assim como nos filmes atuais, vem diminuindo, porém, ficou modernizada. Em muitas missões Bond vai usar seu smartphone para falar com a
MI6 e enviar fotos pro instagram para a base mostrando muito do que os vilões pretendem fazer. 

O jogo utiliza bons recursos do DS em seu gameplay. Como padrão o jogo permite usar a segunda tela, ou para alguns, a melhor combinação que um shooter pode ter: D-Pad +
Stylus
. Usando a Stylus na tela de toque, você movimenta a visão de Bond e por
consequência sua mira. Enquanto o direcional movimenta o personagem e os tiros
ficam por conta dos botões de ombro (L ou R). Lembrando que os jogos de 007 no DS
trazem a opção canhoto, jogando a movimentação nos botões.

Além de recorrer à alguns puzzles na tela de toque, como os painéis com teclados, uso de cardkey, momentos de hacking com pendrives e cabos de rede, uma fase do jogo
trás um uso interessante para prosseguir, talvez até mais do que visto em alguns Zeldas para apagar as tochas com o mic. Em dado momento, 007 precisa arrombar uma porta e joga-la longe. O que lhe vem a mente? Uma seta no touch screen para simular? Melhor do que isso: feche o DS e abra para ver a mágica acontecer.

Sobre o multiplayer ele permite até 6 pessoas e não pude testar. Se ter um N64 ajuda na experiência, com o DS é necessários que os amigos também tenham um e nisso,
os “hereges” me deixaram na mão (brinks galere).

Goldeneye 007 vale e muito a pena ser jogado, e sua versão maior de Wii também é bem recomendada pela crítica dita especializada. Se você tem o DS, compre sem medo ou torça para ganhar de presente como ganhei :D

Texto originalmente postado meu falecido Blog do Waka

Postar um comentário

0 Comentários