Na última segunda-feira (4) a ASUS confirmou um rumor que em abril nós falamos aqui no site: Foi revelado oficialmente o ROG Phone, um interessante smartphone focado em jogos.
Turbinado por uma versão exclusiva do Snapdragon 845, o ROG combina uma GPU Adreno 630 e 8 GB de RAM. Ou no idioma humano: A dupla terá a missão de fazer tudo fluir bem enquanto você se diverte. Já a tela AMOLED de 6 polegadas tem resolução Full HD+, e uma taxa de atualização de 90 Hz, que a ASUS diz garantir um número de quadros até 50% maior em relação aos smartphones convencionais. É perfeito para as necessidades de jogatina em resolução generosa.
Mas de onde saiu tudo isso, tem dois aspectos os quais nós precisamos conversar sobre.
Controle de mão
Para destacar o fator "gamer" do ROG, a ASUS incluiu três sensores que prometem um controle mais preciso. Outros dois sensores ficam posicionados como gatilhos no topo direito e esquerdo, quando o aparelho está posicionado horizontalmente. Você pode remapear esses dois sensores e ter melhor aproveitamento.
E tem mais: O ROG ainda traz entradas na base e lateral, permitindo que você recarregue e jogue ao mesmo tempo, correndo o risco de morrer numa explosão. (Segundo as mensagens de Whatsapp)
Se bateu a preocupação dessa nave espacial esquentar demais, não se preocupe. O smartphone vem com AeroActive Cooler, sistema que joga ar na traseira do ROG Phone para manter o máximo de resfriamento possível enquanto você joga. Ele serve de apoio ao GameCool, método de refrigeração da ASUS que traz uma câmera de vapor tridimensional, para evitar o superaquecimento.
Chique.
Levando a jogatina para telona
Só que o recurso mais interessante do ROG Phone é o Mobile Desktop Dock. Com esse dock você pode ligar o aparelho a uma TV convencional e reproduzir conteúdo em 4K, usar mouse e teclado e até tirar proveito de uma conexão com a internet.
A ASUS também apresentou outro dock, o TwinView Dock. Ele permite incrementar a jogatina ao oferecer uma segunda tela, se transformando em algo similar ao Nintendo 3DS.
Um rival para o Nintendo Switch?
Embora não fosse a preocupação da Nintendo, o ROG Phone da ASUS é mais potente que o Switch. Mas como é bem comum com os smartphones topo de linha, quanto mais tecnologia, maior o preço.
Para você ter uma ideia, o Razer Phone, o smartphone gamer da Razer, custa U$ 699, ou R$ 2.683. Um Nintendo Switch 32 GB sem jogos custa em média R$ 1715.90. Se você quiser se aventurar por The Legend of Zelda: Breath of the Wild, o investimento é de R$ 309.99. Somando tudo, com um único jogo, seu gasto seria de R$ 2025.89.
Você investiria num no ROG Phone? Com a onda dos "smartphones gamers", não se espante se cada vez mais as empresas investirem no desenvolvimento de jogos para dispositivos móveis. Basta ver o mega sucesso de Fortnite, por exemplo.
É uma indústria com muito a desenvolver, principalmente dois pontos:
1) Preparar a mentalidade do público para ideia de celulares como consoles. Em 2018 a previsão é dos jogos mobile corresponderem a 51% da receita da indústria de videogames, o que indica que estamos num possível caminho;
2) Transformar o modelo de jogos mobile. Com o domínio do free-to-play a indústria cresceu. Mas você vai imaginar que quem gastou mais de R$ 2 mil num aparelho desses, não vai querer ficar preso a minutos carregando recursos, ou compras in-app, pay to win, etc. É justo. Já temos boas produções entre os jogos mobile, porém vamos precisar rever certos conceitos, feito a indústria vem se ajustando ao caso das loot boxes.
Defensores da jogatina em smartphones defendem por exemplo, a praticidade de se ter um aparelho que pasme, faz ligações, mas ainda pode servir como console e até computador. Fatores como esses motivaram o público a migrar cada vez maior dos PCs convencionais para os smartphones.
Resumindo, a ideia do ASUS ROG Phone é muito boa. Mas com o potencial das cifras já ser caro lá fora, não se espante se o preço dele no Brasil, ou ao ser importado para o Brasil, faça você pensar em qual rim vale mais a pena vender. O avanço da tecnologia é maravilhoso, mas infelizmente o avanço da renda que possibilite arcar com esses pequenos mimos, ainda não vai na mesma direção.
Só por favor, não invente de parcelar em 50 prestações caríssimas para pagar pela metade do dobro. Por mais entusiasta que você possa ser (como eu sou) da indústria de jogos mobile, mesmo os limites têm limites.
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