Orçamentos absurdamente altos? Conceitos complicados e universos compartilhados mais do que um arquivo MP3 na época do Emule? No seu primeiro fim de semana em cartaz, Um Lugar Silencioso fez barulho, e liderou as bilheterias do fim de semana nos EUA.
O novo thriller de horror da Paramount Pictures faturou um sonoro (as piadas de barulho continuam) total de U$ 50 milhões na Terra do Tio Sam, também conhecido como o público alvo mais chato de se agradar. Some a isso os U$ 21 milhões da bilheteria internacional, com o filme tendo sido lançado em 40 mercados, e temos U$ 71 milhões em faturamento global, o que é absolutamente digno para o primeiro fim de semana em cartaz de um projeto que custou apenas U$ 17 milhões.
Nos sites e redes sociais, os elogios só continuam. Dos vistos pela Pessoa que Vos Fala™ no Twitter, Jessica Chastain, Ryan Reynolds, Chris Pratt, o apresentador Jimmy Fallon e até Stephen King, o mestre do horror, deixaram o recado. No Rotten Tomatoes o score do filme é de 97%, no IMDB é de 8.2, no Metacritic é de 82%, e no CinemaScore, um B+.
Dirigido, escrito e protagonizado por John Krasinski, isso é só parte da loucura: O ator divide a tela com Emily Blunt, esposa da vida real e no filme, com Noah Jupe e Millicent Simmonds. Na trama, o quarteto vive como uma família que precisa passar os dias no mais absoluto silêncio, após surgirem criaturas misteriosas que caçam qualquer coisa que faça um som. Ou seja: Barulho = fim de jogo.
Mas eu disse que a loucura ainda não tinha terminado: Você sabia que o filme quase virou parte da franquia Cloverfield?
Em entrevista recente ao Slashfilm, os roteiristas Bryan Woods e Scott Beck revelaram que a ideia foi sim considerada. Enquanto o conceito único e os monstros de Um Lugar Silencioso colocariam o filme mais próximo dos primeiros Cloverfield, e John Krasinski foi inicialmente cotado para estrelar The Cloverfield Paradox - no fim do dia a dupla resolveu não investir na ideia.
"Foi uma das coisas que passaram pelas nossas cabeças, e falamos com nossos superiores sobre essa possibilidade," Beck explicou. "Foi um timing estranho, entretanto, pois quando nós estávamos escrevendo o roteiro, Rua Cloverfield, 10 estava com a Paramount. E estávamos nós falando com um executivo sobre esse filme, sentimos que poderia haver um crossover, mas quando nós enviamos o roteiro para a Paramount, eles viram um filme totalmente diferente."
"O que foi realmente incrível sobre esse processo, foi que nós nos sentimos gratos pelo estúdio abraçar esse filme estranho, sem diálogos, de braços abertos,"Beck continuou. "Eles nunca pensaram em tornar num filme de Cloverfield, acho que em parte porque ele é capaz de se sustentar sozinho em matéria de conceito."
Quem diria. No final do dia, foi o estúdio que salvou o filme. Não é todo dia que isso acontece.
"Nosso grande medo foi - Nós amamos a Bad Robot, as pessoas que trabalham lá, e obviamente JJ. [Abrams] é um herói para nós - mas um dos nossos grandes medos era que o filme fosse arrastado para algum tipo de franquia, ou reaproveitado para algo do tipo, Woods acrescentou. "A razão pela qual eu digo 'grande medo' - nós amamos os filmes de Cloverfield. Eles são excelentes. É que nós como expectadores, queremos ideias novas e originais."
Tem como você não amar quando um filme produz boas histórias dentro e fora da telona?
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