Hello from the nerd side.
Setembro quase nos deixa, mas a retrô, ela não para. Eu mega agradeço por semana após semana essa coluna ser tão bem recebida, pois foi uma ideia que eu arrisquei sem saber se daria certo, e hoje eu não sei passar a segunda-feira sem vir aqui e trocar ideia com você. E hoje, o que tem na mesa?
Aquela historinha filosófica de costume.
Na semana passada minha piloto favorita anunciou que não vai renovar o contrato com a equipe atual para 2018, e meu mundo caiu pela metade. Era algo possível, mas uma coisa é o rumor, e outra coisa é o rumor que vira realidade. Piora se for rumor ruim. O baque nos feels foi certo, mas poucos dias depois saiu um link na ESPN americana que me deixou pensando: se essa situação fosse comigo, eu lidaria com a mesma maturidade?
Sinceramente? Eu acho que não.
Não é como se eu não conhecesse essa lógica. Eu conheço. Dedicar anos de vida a uma coisa, mudar pra outra e deixar tudo, sem olhar para trás, lutar todo dia pra conquistar o seu espaço. Eu fiz isso ao pular de um site há sete anos no ar para o Armadura Nerd, que ainda vai completar o primeiro ano.
Então ver alguém feito ela, que mantém o peito 100% aberto a mudança, sem se abater, buscando as melhores oportunidades seja onde for, é uma inspiração gigante pra mim. Na real o ser humano é capaz até de se acomodar com as fases ruins da vida, por isso é preciso a gente precisa se cercar de tudo que for bom, venha da onde vier.
Já viu a vibe da vida? Toda errado. O mundo tá um poço de amargura. Mesmo a internet, antigo escape das coisas ruins na vida offline, foi estragada. Agora é preciso uma 3ª coisa pra fugir dessas duas -vida e internet- porque não está sendo fácil. Na internet até piora, pela covardia que o anonimato permite.
Por isso nós vamos como vamos, e somos como somos, criando um ambiente seguro e divertido para as nerdices que você e eu tanto gostamos, descobrindo outras, resgatando as antigas, e falando sobre os temas da semana.
Dragon Ball FighterZ é legal demais de assistir
Não tenho como jogar Dragon Ball FighterZ, infelizmente. Eu realmente gostaria. Aceito presente de natal adiantado, viu? Então só posso falar mais pela perspectiva de espectadora, mas com o começo do aguardado beta, não preciso ficar no achismo, pois os vídeos estão saindo a mais de mil por hora.
As partidas são divertidas demais de assistir. Não era surpresa a ArcSys acertar a mão de um fighting game 2.5D, ela é a mãe de Guilty Gear e BlazBlue. O detalhe é que isso potencializa DBF, considerando que os jogos anteriores apelaram muito pro 3D (tipo a série Xenoverse), o que é legal, mas não tem o mesmo apelo de lutas entre personagens de anime, com visual de anime.
Eu li críticas ao sistema de "assist"/tag do jogo, que ficaria confuso na hora H. Pelo menos para assistir, não fica. Pelo contrário, acrescenta bem na experiência, pois Dragon Ball é basicamente isso! Um monte de gente lutando na bagunça, soltando ~poder~ e destruindo tudo pela frente. Mas que é bizarro ver o Kuririn batendo no Freeza, isso é.
Também é incrível quando os personagens atacam praticamente todos ao mesmo tempo. DBF tem um potencial de eSports forte, eu tô na torcida por isso.
Marvel e a mania de ressuscitar personagens
Alguém que morreu durante a polêmica série Império Secreto, talvez volte. A Viúva Negra. E veio a chuva de críticas, pois a Marvel fez o que sabe de melhor: tirou o impacto de grandes eventos, e não deixou seus personagens 100% mortos pra sempre. Mas sabe... Eu até não culpo eles de todo.
Só porque Game of Thrones banalizou a morte de personagens, não significa que todo mundo tenha que sair morrendo na ficção. A morte não é bem especialidade da Marvel na era pós-MCU, e da única vez que eles fizeram isso com os mocinhos (Mercúrio em Vingadores 2), não sei dizer como eu me sinto sobre isso. Eu sei que muita gente reclamou, então vai entender. Mas eu sustento a teoria de uma certa Joia do Tempo ser usada e desfazer isso tudo. Quem sabe.
A Viúva Negra, e tantos outros personagens serem revividos nos quadrinhos tem um fator marketing óbvio. Marketing da enganação, mas ainda assim: você engaja todo mundo na possibilidade da morte, mata o personagem, deixa todo mundo indignado, traz o fulano de volta, uma parte das pessoas gosta, a outra odeia, mas no fim do dia todo mundo falou da sua história, né? Então pra Marvel isso é o que tá contando.
Hideo Kojima na BGS
Tô bem triste de não poder ir a Brasil Game Show e ver de perto uma figuras que tanto admiro: Hideo Kojima. Nah, eu nunca joguei um Metal Gear, apesar de conhecer muito sobre a franquia. A galera precisa parar com palhaçada de que você só pode admirar alguém se souber tudo, até quantos centímetros tem a unha encravada do dedão. É de uma mentalidade 9 anos de idade.
Eu admiro um absurdo o Kojima por N coisinhas: a principal, em como ele combinou elementos dos jogos e cinema, a preocupação artística com isso, mesmo os "jogos tipo filme" não sendo meus favoritos. Com Death Stranding não deve vir menos que outro show de arte.
Segundo, admiro ele pela capacidade de se dedicar a algo que gosta. Ah, mas quando você é o Hideo Kojima, é fácil se dedicar a qualquer coisa. Não tá errado de todo. Mas também é visível que ele não se esforça só pelo trabalho, tem a satisfação pessoal, e nesse mundo onde as pessoas vendem isso como um sonho impossível, não uma realidade alcançável.
Terceiro, eu admiro o Kojima por ele ser fascinado pelo cinema. Adoro ver as coisas que ele posta no Twitter sobre filmes famosos e desconhecidos, impressões, dicas. Também gosto muito do cinema, mas nem de longe eu curto esse hobby do jeito que eu queria. Um dia a gente chega lá.
O mimimi de Hollywood, e das pessoas que dizem gostar de cinema
Falando em cinema, ainda tô engasgada com o tal estudo falando sobre a não-relação entre os scores dos filmes no Rotten Tomatoes e a má bilheteria de certos filmes em 2017. O estudo não tá errado, mas também não tá 100% certo. Isso é só uma parte de um todo bem maior, mais chato e mais mal humorado, que confirma o azedume que as pessoas viraram nos dias de hoje.
Os produtores de Hollwyood, e os cineastas, fecham a mente e insistem que aquela ideia X vai dar certo, quando claramente não vai. O público, cada vez mais Maria-vai-com-as-outras, prefere se apegar a quem fala algo ruim mesmo de um filme muito bom, e perde a chance de ver coisas só por causa do que fulano ou sicrano falou.
Por exemplo, real: eu queria que alguém me explicasse qual o defeito de Ghost in the Shell? Tá certo que não é o melhor live-action de anime do mundo, mas quem compara ele a Dragonball Evolution só tá odiando pelo prazer de odiar, sem considerar os detalhes. A história do filme é rasa? É. Mas se fosse aprofundada, não iriam reclamar do filme ter sido chato, arrastado e cult demais? Iriam, porque eu sei. A internet é uma velha chata e nunca satisfeita com nada.
Conselho: Não deixe ninguém te impedir de curtir algo que você muito queira. Eu fiz isso duas vezes, uma com A Múmia e outra com Jack Reacher: Sem Retorno, e me arrependo. Não caia na conversa dos pseudo formadores de opinião. Nem sempre essa galera é sincera (se é). Mas se você ficar com a gente, aí sim eu garanto uns textos meio doidos com umas piadas ruins, e muita sinceridade.
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