Ritos de passagem são sempre muito complicados, mas deles alguns não tem jeito: nem adiando, você evita o fato de que aquele dia vai chegar. E quando chega, como se adaptar? A ficha realmente cai de que por exemplo, você, você, fez aniversário e está ficando com "idade de adulto," mas tudo na sua vida grita o contrário? É um mini-dilema intenso.
Durante tempos da minha vida eu encarei o dia do aniversário com uma visão muito pessimista, até falei disso no Solta o Play da semana. Esse ano eu resolvi mudar, afinal, chegar aos 28 anos cheia de certos complexos existenciais não dava mais pra sustentar. Não que a vida vá ser perfeita por causa disso, a graça vem justamente dela não ser. Mas eu entrei numa dieta dos sentimentos, e o que der para cortar e tornar a vida melhor, simbora jogar fora no lixo.
#SandraDeSáFeels
E é uma sensação libertadora. Por exemplo, com o anúncio da série de Cavaleiros na Netflix, um anúncio que eu gostei, sim, já vi um punhado de gente preocupado, o que é absolutamente normal, mas usando uns argumentos bem bestas. Sério, gente, que num mundo onde existem os filmes de Transformers*, e os jogos modernos de Final Fantasy, o fato de ser uma animação em computação gráfica, é um problema?
(*Transformers dá um show visual, lances de roteiro a parte)
Eu sei que Saint Seiya (tenho dificuldade em chamar de Cavaleiros/CDZ) merece bem mais do que a Toei tem oferecido esses anos, mas entrar automaticamente em modo de defesa, sem nem se abrir a chance de que um jogo/filme/série/anime/desenho possa dar certo, é trazer a amargura do dia-a-dia logo pra onde não se deveria: o mundo das nerdices. Hate, amargura, falta de bom senso... Tinha que proibir dessas coisas entrarem nas discussões sobre qualquer coisa nerd.
Mesma coisa aconteceu quando saiu a primeira foto da Domino, em Deadpool 2. Não lembro agora o nome da atriz, mas gente. Ela é, pelo menos no visual, maravilhosa. Morena, alta, cabelão black cheio do estilo, um sorrisão que vai render muito com o Mercenário Tagarela... E teve gente que odiou. Não ficou "igual aos quadrinhos." O Josh Brolin não tá bombado, bombado, nem tirou um olho pra fazer o Cable, e todo mundo gostou. Well.
(Até eu gostei, mas a hipocrisia, ela irrita por demais)
É uma pena o rumo que o nosso jornalismo nerd vai levando, mais ainda do nível da nossa Imprensa Especializada (pff), mais baixo que reservatório de água em SP. É todo mundo copiando formato uns dos outros, não tem aquela alma que cativa e propõe algo interessante de verdade. São as mesmas notícias, o mesmo diálogo de pseudo jornalista profissional (quando todo mundo sabe da "patota" que rola), mesmos clickbaits, notícias com o anúncio do anúncio, artigos vazios e tendenciosos...
Saudades de quando pelo menos o Screen Rant me fazia acreditar que essa imprensa tinha jeito.
Isso me faz lembrar o tempo da faculdade. Eu sofria horrores nas matérias de jornalismo, pois não concordava com certas coisas que alguns professores falavam. Raramente o "santo batia." Tem gente que ao longo da vida chamou a mim de "mais blogueira que jornalista," mas eu sei com 100% de certeza que o meu compromisso em informar, apesar da linguagem, permanece.
Já o compromisso de certos jornalistas puros e imaculados... Dá pra gente discutir.
Depois reclamam que eu sou uma pessoa amarga. (E eu sou mesmo)
Mas... É isso. Aniversário, ano novo e vida nova. Vamos ver o bode que vai dar. Enquanto isso, vamos clicando e conferindo como foi a semana passada também.
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