Primeiros reviews de Power Rangers estão no ar, veja o que eles dizem


O março das loucuras no cinema nerd está no auge. Nesta semana teremos outro lançamento: Power Rangers. O reboot que não é reboot, o filme que é novo, mas conta uma história conhecida, que deixou a desconfiança no ar bem no começo, mas aos poucos conseguiu convencer a darmos uma chance. E agora estão saindo os primeiros reviews... Mas o que eles estão dizendo?

Antes de tudo, quero me intrometer: nós no Armadura Nerd incentivamos sim a leitura de reviews, com o bom senso, claro, pois alguns sites são muito tendenciosos, pois nós acreditamos que a opinião final é sua, de mais ninguém. Dito isso, agora sim: vem comigo.

A primeira impressão que os reviews passam é dividida. Chega ser engraçado, pois o que um aponta como defeito, outro diz ser qualidade, e fica nessa tabelinha. As cenas de ação, a computação gráfica foram bem recebidas, mas apesar do longa não ser chamado de ruim, os textos deixam a impressão do mesmo não explorar 100% do seu potencial.

Que tipo de filme Power Rangers quer ser?

Que tipo de público ele quer alcançar: os mais novos. nascidos na era da alta tecnologia, ou as Crianças Grandes, que viveram os anos 90 e conhecem a franquia tão bem?

Pelo visto o filme se sai bem em aceitar as origens exageradas (adolescentes encontrando artefatos alienígenas? Pfft), ao invés de criar um caminho próprio, o que deve gerar um senso de familiaridade para quem conhece a história. O final é destaque, bem como a luta dos Zords contra Goldar.

Do elenco, Elizabeth Banks é de longe o destaque, abraçando 100% sua vilã Rita Repulsa, e dizem até que a performance da atriz vale o ingresso. Dos Rangers, RJ Cyler é quem mais brilha, dando profundidade a sua versão do Ranger Azul, Billy. Naomi Scott, a Ranger Rosa Kimberly, recebe menção honrosa. Bryan Cranston e Bill Harder? A química entre Zordon e Alpha 5 parece estar no ponto, as dinâmicas entre os Rangers bem conduzidas, momentos tocantes aqui e ali.

Power Rangers estreia no Brasil na próxima quinta-feira (23), e o Waka deixou as expectativas dele registradas em vídeo:


As minhas são bem breves, mas você pode ler aqui.

Lembrando que teremos cena extra no meio dos créditos, então não morfe antes da hora e fique após a sessão acabar. Os reviews a seguir têm alguns spoilers, porém eu os omiti nas traduções para deixar o nosso post spoiler-free. Mas se você visitar os sites abaixo para ler o review completo, aprecie com moderação.

E Bruna, por que você não incluiu nenhum review brasileiro?

Nah. 

Para os fãs de longa data, o novo filme preserva algumas das características mais amadas da franquia original, atualizadas para refletir os avanços tecnológicos. Os Zords tem capacidades de batalha melhoradas, os ameaçadores ajudantes de Rita, os Bonecos de Massa, e o gigante guerreiro Goldar, ganham representações em computação gráfica mais polidas e fluídas.

Este quinteto de atores é tão empático e engajador, que mais do que dá conta do fim do filme. E se você não está vendo pela atuação, ao menos você ganha cinco heróis brilhantes pilotando naves espaciais em forma de dinossauro que eventualmente, se transformam num robô gigante com espada. Se é isso o que você pagou para ver, então "Power Rangers" oferece.

O filme não pode disfarçar que os personagens em "Power Rangers" têm profundidade, e particularidade de figuras de robôs falantes para adolescentes. A ironia é que há 25 anos, "Mighty Morphin Power Rangers" foi lançado como uma diversão "para crianças," e tinha esse espaço para isso, mas nós estamos tão sobrecarregados na cultura de super heróis, que as crianças não precisam mais da versão júnior, segura, e estúpida, disso. Eles podem simplesmente assistir "Homem-Formiga" ou "Esquadrão Suicida."

O filme é incrível durante os poucos e breves momentos onde abraça a loucura cartunesca que tornou a série de TV numa fixação cultural, mas timidamente se afasta de cada uma dessas indulgências como se tivesse medo de ser pego com a mão na jarra de biscoitos. 

O flagrante mais exagerado do filme é a performance de Elizabeth Banks como a temida feiticeira Rita Repulsa. Rita caminha pelo filme como se soubesse que "Power Rangers" é um produto de terceira qualidade de Hollwood, decidindo que ela deve então se divertir um pouco. O bem triunfa sobre o mal na tela, mas para audiência, a vilã é claramente a vitoriosa contra seus superestimados, e inexperientes colegas.

Como alguém sem grandes sentimentos pela franquia Power Rangers (eu odiava quando era criança, e aprendi a apreciar seus charmes como pai), é uma tentativa interessante de criar uma adaptação com os pés no chão, movida pelos personagens, uma que mistura os gêneros com sucesso num grande espetáculo de super heróis. E se você achar absurdo ter um filme sombrio e violento de Power Rangers, devemos destacar que ele pode coexistir com os mais de 800 episódios da versão TV mais amigável para crianças.

"Power Rangers" é uma série de decisões ruins, com momentos decente de adoráveis interações entre os Rangers, e Rita Repulsa, mas esses momentos são poucos e distantes. O filme teve a chance de salvar-se de ser a confusão que é, mas Israelite precisa levar o filme por uma direção única e específica. Poderia ter sido um filme bobo e ridículo na mesma veia de "Mighty Morphin Power Rangers" ou uma história de origem como "Homem de Ferro," mas acaba não sendo nenhuma dessas coisas.

O único ranger que deixa uma impressão é RJ Cyler como Billy, visto pela primeira vez em Eu, Você, e a Garota que vai morrer. Ele contribui com uma dose de energia muito necessária, e provavelmente será o ator que vai escapar dessa franquia sem ferimentos. Nunca é um bom sinal quando a melhor performance do seu filme é de um cara dublando uma cabeça voante feita em computação gráfica. Essa é outra aparição notável de Byran Cranston. Ele aparece por tempo o bastante para dar alguma classe ao filme, e então some.

Existe muito para desfrutar em "Power Rangers," Os jovens do elenco são divertidos e lembram os originais, mas dão a isso uma sensação de glamour de Hollywood. Os adultos são belíssimos. Bill Harder como Alpha cinco rouba praticamente todas as cenas onde ele aparece. Mas o produto final em geral é outro Transformers suficiente, mas não impressionante.

Mas uma vez que você passa tudo, e as crianças finalmente colocam os trajes e partem para ação. Neste momento, o público com o qual eu vi o filme comemorou, pois ele finalmente tinha cumprido sua promessa. São os Power Rangers! Zords! Rita! Goldar! Lutas! Mas algo está fora... Literalmente. O filme se nega a abraçar totalmente o misticismo dos Power Rangers.

Se você gosta de filmes de super heróis, então precisa assistir esse. Mesmo se você não assistia "Mighty Morphin Power Rangers," o filme é hilário. Consigo me ver assistindo ele várias vezes ao longo do próximos meses.

"Power Rangers" provavelmente não será o filme de super heróis mais amado de 2017, mas ainda é uma boa história de origem que abre o caminho para uma franquia potencialmente ainda melhor. Não importa se você é fã de longa data ou um completo novato, é hora de morfar.

"Power Rangers" não deve fazer muito por quem nunca gostou da propriedade. Mas para quem cresceu com ela, ou a encontrou através das várias e diferentes encarnações ao longo dos anos, o filme provém um tipo de reboot amável, apaixonante, que nós raramente vemos nos estúdios hoje em dia - um que vai fundo na sua mitologia sem perder, o elemento absurdo que tornou isso tão divertido em primeiro lugar.

Via CBM

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