Game & Música: Jordan Reyne - Go Tell Aunt Rhody (Resident Evil 7)


Ah, sim. A vida me odeia. Minhas ideias me odeiam. Sempre que possível elas dão errado, afinal, por que não? Eu tinha vários planos para o "dia internacional da mulher," o que é besteira, pois o dia da mulher é ontem, hoje, amanhã e depois, mas não deu certo, o plano B fez o capricho de falhar... Mas não é que o desperate move acertou absolutamente em cheio que beu teus do céu, Berg?

Hoje o Game & Música respira fundo para falar do elogiado Resident Evil 7, que é muito bom não só na parte game, mas na parte música também. Sério. Quem jogou, ou nem que seja viu um vídeo de gameplay, vai concordar comigo. E quem abertura do game, duvido não ter se encantado com a animação impecável, que mais parece coisa de série de TV:


Só que o X da questão é a música tocando ao fundo, pois é ela que nos traz aqui hoje: "Go Tell Aunt Rhody." Ela também é tema do game, e eu não recomendo a maldita se você tiver problema com música que gruda na sua cabeça nível hardcore porque olhe, a bendita é pegajosa e não é pouco.

Mas é aquilo: contexto é tudo. Então bora de nerdice.

A versão original

Sim, "Go Tell Aunt Rhody" existe fora de Resident Evil 7. É uma música folk antiga -dos idos de 1950 mais ou menos- que você encontra várias, e várias e várias versões muito incríveis de não terem nada a ver com a nossa. Confira dois exemplos:



Confesso que me dá vontade de rir dessa diferença, é paradoxal. A letra original da música fala do pobre e velho ganso cinza da tia Rhody que morreu, e ela precisa saber. Coisa casual, interiorana/folk mesmo... Perfeito para você transformar numa trilha sonora totalmente creepy e maravilhosa.

A versão Resident Evil 7

Quem fez a magia acontecer foi Michael Levine, compositor das trilhas sonoras de Close to Home e Cold Case, esa uma das séries que marcou a minha vida, e eu já devia ter parado de ficar surpresa com essas ironias. Ele escreveu e produziu o som, que apareceu pela primeira vez no trailer do game divulgado na E3 2016. Finalmente! Vamos ouvir essa peça em versão completa:


Chega a me faltar palavras da bagunça mental que essa música faz na minha cabeça. Acho que já ficou bem claro... A bendita tem tudo: um Q creepy, cara de horror, tenso, e até a sensação de épico por causa da orquestração no refrão. Além da mudança na letra (e eu vou deixar a original aqui), para casar com a trama do jogo, onde Ethan Winters recebe um email da esposa Mia, que acontece de ter supostamente morrido em 2014.

Ethan então parte para Lousiana e conhece a família Baker, e todo senso de normalidade vai realmente pela janela. Se ligue na letra:

Go Tell Aunt Rhody,
Go Tell Aunt Rhody,
Go Tell Aunt Rhody,
That every-body's dead.

I was raised in a deep, dark hole,
A prisoner with no parole,
They locked me up and took my soul,
Shamed of what they'd made.

I call to him and he will come,
She'll answer him like he's the one,
His arm's outstretched, but when she's done,
He'll be torn apart.

Go Tell Aunt Rhody,
Go Tell Aunt Rhody,
Go Tell Aunt Rhody,
(piano replicates the words "that every-body's")

Go Tell Aunt Rhody,
Go Tell Aunt Rhody,
Go Tell Aunt Rhody,
That every-body's,
Every-body's,
Every-body's,
Dead.

(Go Tell Aunt Rhody)
(Go Tell Aunt Rhody)
(Go Tell Aunt Rhody)

Mas calma que obviamente não acabou. Acha que eu não ia falar logo do principal, a voz da música? Ha. Ela é a neo-zelandesa Jordan Reyne, e já deu para perceber que a moça tem um punch na voz que vai lá no fundo do coração. Lembra bastante a Lzzy Hale do Halestorm. A nossa moça de RE7 trabalha com música folk, mas vai na contramão daquele som quase etéreo que as vezes acontece, das vozes suaves Celtic Woman feelings.

E eu encerro o post deixando um som da moça + constatando o óbvio: nunca duvide do poder de uma ruiva. É tipo uma lei da vida. Conte pra tia Rhody que eu duvido ela discordar.

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