Well, estamos há quatro dias de 2017, mas 2016 mostra que ainda pode em muito decepcionar. É uma droga ser portadora desse tipo de notícia, mas infelizmente não tem jeito: Carrie Fisher nos deixou aos 60 anos de idade.
"É com grande tristeza que Billie Lourd [filha de Carrie Fisher] confirma que a sua amada mãe morreu às 08:55 dessa manhã," diz o comunicado de Simon Halls, porta-voz da família. "Ela foi amada pelo mundo e a sua ausência será sentida profundamente. Nossa família inteira agradece a vocês pelos pensamentos e orações."
Carrie Fisher havia sofrido recentemente um infarto enquanto viajava de Londres para Los Angeles na última sexta-feira, de acordo com o TMZ. A atriz foi rapidamente encaminhada para o hospital, encerrando de forma prematura a promoção do novo livro The Pricess Diarist, contando os bastidores das filmagens da trilogia original de Star Wars.
E ela nasceu assim, com o destino de ser uma estrela do cinema. Filha do músico Eddie Fisher e da atriz Debbie Reynolds (Cantando na Chuva), Fisher nasceu em Beverly Hills em 21 de outubro de 1956, e era descrita por amigos e família como uma "nerd dos livros," mas aos 15 anos participou da versão Broadway para Irene, o começo de uma das carreiras mais bem sucedidas da grande tela.
Em 1975 vem a grande estreia no cinema com o filme Shampoo, num elenco que teve Warren Beatty, Julie Christie e Goldie Hawn, mas foi em 1977 que a atriz se tornaria a queridinha nerd mesmo até hoje por viver a Princesa Leia em Star Wars: Episódio IV, a inesquecível integrante do senado e figura marcante da Aliança Rebelde. Junto com Han Solo (Harrison Ford), Luke Skywalker (Mark Hamill) e Chewbacca, o quarteto destruiu a primeira Estrela da Morte do Império e entrou para história da galáxia.
Mais importante que isso: com a Princesa Leia, Carrie Fisher também foi/é um ícone da igualdade de gênero no entretenimento, quebrando o clichê das donzelas em perigo ou das personagens femininas mais passivas. Ao invés disso, ela foi importante, badass, e líder em muitos momentos. Após a estreia ela voltaria a viver a personagem no especial de natal de Star Wars, Episódio V: O Império Contra-Ataca, Episódio VI: O Retorno de Jedi, Episódio VII: O Despertar da Força, onde ela inclusive não era mais Princesa, mas a General Leia Organa.
A quarta fica por conta do Episódio VIII, cujo lançamento acontece em 2017.
Se o mundo tinha e sempre terá motivos para amar Carrie Fisher pelo legado no cinema, fora dele a atriz também deixou a sua marca. Ela era ativista de assuntos envolvendo saúde mental, e em 2010 confessou a Diane Sawyer em entrevista que tinha sido diagnosticada com transtorno bipolar. Desde então vários profissionais da área vieram a público elogiar sua sinceridade, discutir sobre a sua condição, e formas de ajudar aos que sofrem do mesmo problema.
Fisher também falou a fundo sobre a luta contra as drogas e o alcoolismo ao londo dos anos. No começo de 2016, a Universidade de Harvard lhe presenteou com o Annual Outstanding Lifetime Achievement Award in Cultural Humanism, que em português seria algo como Prêmio Anual de Desempenho ao Longo da Vida em Humanismo Cultural.
Carrie Fisher deixa uma filha, a atriz Billie Lourd, a mãe, Debbie Reynolds, o irmão, Todd Tisher, os meio irmãos Joely Fisher, Tricia Leigh Fisher, e uma legião de fãs, órfãos sem a sua Princesa/General.
#QueAForçaEstejaComEla
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